União Estável – Alexandre Nakamura Advogado https://nakamura.adv.br Logo. Alexandre Nakamura Advogado SP. Advogado em Osasco SP. Mon, 24 Feb 2025 16:49:40 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://nakamura.adv.br/wp-content/uploads/2024/05/cropped-Logo-Quad-Fav13-32x32.png União Estável – Alexandre Nakamura Advogado https://nakamura.adv.br 32 32 Guarda dos Filhos https://nakamura.adv.br/guarda-dos-filhos/ Wed, 09 Oct 2024 20:45:17 +0000 https://nakamura.adv.br/?p=2883 Guarda dos Filhos: Direitos e Responsabilidades Legais

A guarda dos filhos é um dos temas mais sensíveis e importantes dentro do direito de família. Quando há a dissolução do casamento ou união estável, a questão da guarda é crucial para assegurar o bem-estar da criança, garantindo que suas necessidades emocionais, educacionais e sociais sejam plenamente atendidas.

No Brasil, a guarda é regulamentada principalmente pelo Código Civil e pela Lei nº 13.058/2014, que trouxe alterações significativas em relação à guarda compartilhada, priorizando o interesse da criança e o envolvimento equilibrado dos pais em sua criação. Este artigo tem o objetivo de explicar os tipos de guarda existentes, os critérios para sua definição e os direitos e responsabilidades de cada um dos pais.

O que é a Guarda dos Filhos?

A guarda refere-se ao direito e à responsabilidade de criar e educar os filhos menores após a separação dos pais. A guarda não se refere apenas à convivência física, mas também ao poder de decisão sobre aspectos importantes da vida da criança, como educação, saúde e convivência familiar.

Segundo a legislação brasileira, o princípio do melhor interesse da criança é o que norteia a decisão sobre a guarda, com o objetivo de proporcionar o máximo de benefícios para o menor em todos os aspectos.

Tipos de Guarda

1. Guarda Compartilhada

A guarda compartilhada tornou-se a modalidade preferencial no Brasil, com a edição da Lei nº 13.058/2014, que visa proporcionar aos filhos a convivência equilibrada com ambos os pais. Na guarda compartilhada, tanto o pai quanto a mãe têm o direito de tomar decisões importantes sobre a vida do filho, e a convivência é distribuída de maneira a garantir o maior envolvimento possível de ambos.

Características principais:

  • Decisões conjuntas sobre a vida da criança.
  • A criança não precisa residir alternadamente na casa de ambos os pais. Normalmente, ela tem residência principal com um dos genitores, mas há ampla convivência com o outro.
  • Ambos os pais compartilham as responsabilidades de maneira equilibrada.

Para saber mais sobre guarda compartilhada, clique aqui.

2. Guarda Unilateral

A guarda unilateral é atribuída a apenas um dos pais, que será o principal responsável por tomar decisões sobre a vida da criança. Nesse caso, o outro genitor tem o direito de convivência e é obrigado a contribuir com pensão alimentícia.

A guarda unilateral é geralmente aplicada em situações onde um dos pais não está apto a compartilhar a criação da criança, seja por desinteresse, ausência ou incapacidade. O pai ou mãe que não detém a guarda tem direito à visitação e também participa financeiramente no sustento do filho.

Características principais:

  • O pai ou mãe detentor da guarda tem a responsabilidade total sobre a criação da criança.
  • O outro genitor possui direitos de visitação e deve contribuir com pensão alimentícia.

Para saber mais sobre guarda unilateral, clique aqui.

Critérios para Definição da Guarda dos Filhos

A determinação da guarda dos filhos não se baseia apenas no desejo dos pais, mas principalmente no que for melhor para o menor. O juiz responsável pela decisão leva em consideração vários fatores, entre eles:

  • Convivência prévia: Qual dos pais teve maior contato com a criança antes da separação.
  • Capacidade de cuidar da criança: Avaliação da capacidade financeira, emocional e logística de cada genitor para cuidar da criança.
  • Interesse da criança: O bem-estar emocional, físico e social da criança é o critério primordial na decisão judicial.
  • Manutenção de laços familiares: Sempre que possível, o juiz busca garantir que a criança mantenha o contato com ambos os pais, além de outros familiares próximos, como avós.

Guarda Compartilhada: Regras e Desafios

Apesar de ser o modelo preferido, a guarda compartilhada enfrenta desafios. Pais que possuem conflitos graves podem ter dificuldade em manter uma comunicação eficiente, o que pode prejudicar a aplicação desse modelo. Nesse caso, o juiz pode optar pela guarda unilateral, se entender que a guarda compartilhada não beneficiará a criança.

Outro aspecto relevante é que a guarda compartilhada não significa que a criança precisa passar o mesmo tempo em ambas as casas. A residência fixa pode ser estabelecida em apenas um local, enquanto a convivência com o outro genitor é organizada de forma equilibrada.

Pensão Alimentícia e Guarda dos Filhos

Independentemente de qual tipo de guarda seja estabelecido, o dever de pagar pensão alimentícia pode existir. Na guarda unilateral, o genitor que não detém a guarda é o responsável por contribuir financeiramente para o sustento da criança. Na guarda compartilhada, as despesas são divididas de acordo com as condições financeiras de cada um.

A pensão alimentícia não se limita à alimentação, abrangendo também educação, lazer, saúde, vestuário e outras necessidades da criança.

Modificações na Guarda

A guarda dos filhos não é uma questão imutável. O Código Civil prevê que o regime de guarda pode ser modificado sempre que houver mudanças significativas nas circunstâncias de vida de um dos pais ou da criança.

Se, por exemplo, o genitor que detém a guarda passa a não cumprir suas obrigações de maneira satisfatória, ou se as necessidades da criança mudam, o regime de guarda pode ser revisto judicialmente. A modificação da guarda deve ser sempre guiada pelo melhor interesse da criança.

Alienação Parental

Um ponto de atenção no contexto da guarda dos filhos é a alienação parental, que ocorre quando um dos pais tenta, deliberadamente, influenciar negativamente a percepção da criança sobre o outro genitor. Isso pode acontecer por meio de desqualificações verbais, restrições injustificadas ao convívio e até manipulações emocionais.

A Lei nº 12.318/2010 tipifica a alienação parental como uma conduta prejudicial à criança, e o juiz pode tomar medidas, incluindo a reversão da guarda, para proteger a criança desse tipo de comportamento.

Para saber mais sobre alienação parental, clique aqui.

Procedimentos Judiciais Relacionados à Guarda

Em casos de disputas, a guarda dos filhos é decidida judicialmente. O processo é iniciado com uma petição inicial, onde um dos pais ou ambos solicitam a guarda da criança. Durante o processo, o juiz pode determinar a realização de estudos psicossociais e ouvir tanto os pais quanto a própria criança, caso ela tenha idade suficiente para expressar suas opiniões.

A Justiça busca a solução mais adequada para a criança, podendo, inclusive, definir uma guarda provisória até que a decisão final seja tomada.

Conclusão: Guarda dos Filhos

A guarda dos filhos é um tema delicado que requer atenção especial tanto dos pais quanto do sistema judiciário. O objetivo principal das leis que tratam da guarda é garantir que a criança mantenha o máximo de estabilidade e bem-estar, mesmo após a separação dos pais. O modelo de guarda compartilhada tem se mostrado o mais eficaz para assegurar o envolvimento de ambos os pais, mas cada caso é único e deve ser analisado à luz do que for melhor para o menor.

Se você estiver passando por uma situação de separação e há filhos envolvidos, é fundamental contar com a orientação de um advogado especializado em direito de família. Ele pode auxiliar na escolha do melhor regime de guarda, garantir que os direitos da criança sejam preservados e buscar soluções pacíficas para eventuais conflitos entre os pais.

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Advogado Familiarista https://nakamura.adv.br/advogado-familiarista/ Wed, 09 Oct 2024 11:23:04 +0000 https://nakamura.adv.br/?p=2867 Advogado Familiarista: A Importância de Um Profissional Especializado em Direito de Família

O advogado familiarista é um profissional especializado no direito de família, uma área do direito civil que lida com questões fundamentais da vida familiar, como casamento, divórcio, guarda dos filhos, pensão alimentícia, adoção, entre outros. Este profissional tem um papel crucial na proteção dos direitos das partes envolvidas, atuando tanto na prevenção quanto na resolução de conflitos. Neste artigo, vamos explorar as principais funções de um advogado familiarista, sua importância em diferentes tipos de processos e como ele pode ajudar a garantir a justiça e a equidade nas relações familiares.

O Que é Um Advogado Familiarista?

Um advogado familiarista é um especialista em direito de família, uma das áreas mais delicadas do direito civil, que trata de questões envolvendo relações interpessoais dentro do núcleo familiar. O papel desse advogado vai muito além da simples prestação de serviços legais, pois envolve lidar com aspectos emocionais e muitas vezes complexos, que afetam diretamente o bem-estar das pessoas envolvidas.

Os processos que um advogado familiarista lida geralmente incluem:

  1. Casamento e Regimes de Bens: Orienta casais sobre os diferentes regimes de bens disponíveis no Brasil, como comunhão parcial, comunhão universal, separação total de bens, entre outros. Esse profissional ajuda na elaboração de pactos antenupciais para evitar conflitos futuros, especialmente em situações de partilha de bens em casos de divórcio.
  2. Divórcio: O advogado familiarista orienta os clientes sobre o processo de divórcio, seja ele consensual ou litigioso, e trabalha para garantir que a partilha de bens, guarda dos filhos e pensão alimentícia sejam realizadas de forma justa. Ele também pode ajudar no divórcio extrajudicial, quando possível, agilizando o processo em cartório.
  3. Guarda dos Filhos e Regimes de Visitação: O advogado familiarista tem um papel crucial em casos que envolvem a guarda dos filhos. Ele ajuda os pais a entenderem os diferentes tipos de guarda (compartilhada, unilateral) e a defender o melhor interesse da criança, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
  4. Pensão Alimentícia: Questões relacionadas ao pagamento de pensão alimentícia, tanto para filhos quanto para ex-cônjuges, são outro ponto de atuação. O advogado familiarista orienta quanto aos critérios de cálculo da pensão, a revisão ou extinção do valor e, em casos de inadimplência, a cobrança judicial da pensão devida.
  5. Adoção: A adoção é um processo que envolve várias etapas legais e emocionais. Um advogado familiarista ajuda a guiar os pais adotivos através de cada etapa, garantindo que todos os requisitos legais sejam cumpridos e que o processo seja conduzido da melhor forma possível.
  6. União Estável e Pacto de Convivência: A formalização de uma união estável também é uma área de atuação do advogado familiarista. Ele orienta os casais sobre os direitos e deveres decorrentes da união e pode elaborar contratos de convivência que definam o regime de bens, similarmente ao pacto antenupcial no casamento.
  7. Inventário e Partilha de Bens: Após o falecimento de um familiar, o advogado familiarista atua no inventário e partilha de bens, seja judicial ou extrajudicial. Ele auxilia na resolução de possíveis conflitos entre herdeiros e na correta divisão do patrimônio deixado pelo falecido, conforme as regras do direito sucessório.

A Legislação Aplicável

O direito de família no Brasil é regido por diversas leis, sendo as principais o Código Civil e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Vamos destacar as legislações mais relevantes para a atuação do advogado familiarista.

Código Civil (Lei nº 10.406/2002)

O Código Civil é a principal norma que regula o direito de família no Brasil. Ele estabelece regras sobre casamento, união estável, separação, divórcio, regimes de bens, pensão alimentícia e a sucessão de bens.

  • Casamento e Regimes de Bens: O Código Civil prevê diferentes regimes de bens que podem ser adotados pelos casais no casamento ou na união estável. Os mais comuns são a comunhão parcial de bens, a comunhão universal de bens e a separação total de bens.
  • Divórcio: Com a Emenda Constitucional nº 66/2010, o divórcio no Brasil tornou-se mais acessível, dispensando a exigência de separação judicial prévia. O advogado auxilia na aplicação correta dessas normas, orientando o cliente sobre a melhor forma de proceder, seja pelo divórcio consensual ou litigioso.
  • Guarda dos Filhos: O artigo 1.584 do Código Civil trata das questões relativas à guarda dos filhos, estabelecendo que, em regra, deve-se priorizar a guarda compartilhada, salvo se não for do interesse da criança.

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei nº 8.069/1990)

O ECA é outra legislação importante para o direito de família, pois garante a proteção integral das crianças e adolescentes, incluindo questões sobre guarda, pensão alimentícia, adoção e tutela.

  • Interesse da Criança: Em qualquer decisão que envolva crianças e adolescentes, o ECA assegura que o melhor interesse da criança deve ser priorizado, tanto em disputas de guarda quanto em visitas e outros direitos.
  • Adoção: O ECA regula todo o procedimento de adoção no Brasil, incluindo os requisitos para ser adotante, o consentimento dos pais biológicos, e os direitos da criança adotada.

Lei nº 11.441/2007 (Inventário e Divórcio Extrajudicial)

Essa lei permite que o divórcio, separação e inventário possam ser realizados em cartório, desde que respeitadas determinadas condições, como a inexistência de litígio entre as partes e, no caso do divórcio, a inexistência de filhos menores ou incapazes (com exceção trazida pela Resolução 571/2024 do CNJ, que permite o divórcio extrajudicial mesmo com filhos menores, desde que as questões de guarda e alimentos tenham sido previamente resolvidas judicialmente, e o inventário extrajudicial desde que os direitos dos incapazes sejam garantidos).

Importância de um Advogado Familiarista

Contratar um advogado familiarista é essencial para garantir que os direitos das partes envolvidas em questões familiares sejam devidamente protegidos. O direito de família envolve questões emocionais e delicadas, e o advogado especializado pode atuar de maneira imparcial e técnica, orientando seus clientes para a melhor solução possível.

Além disso, o advogado familiarista pode ajudar a prevenir litígios desnecessários por meio da mediação e da conciliação. Em muitos casos, os conflitos familiares podem ser resolvidos amigavelmente, evitando o desgaste emocional e financeiro que um processo judicial pode causar.

Por exemplo, em casos de divórcio consensual, o advogado pode auxiliar as partes a chegarem a um acordo sobre a partilha de bens, guarda dos filhos e pensão alimentícia de maneira mais rápida e menos custosa, levando o caso para o cartório e evitando longas disputas judiciais.

Quando Procurar um Advogado Familiarista?

Existem diversos momentos em que é importante procurar a assistência de um advogado especializado em direito de família. Abaixo estão alguns dos principais cenários:

Conclusão

O papel de um advogado familiarista vai muito além da simples atuação em processos judiciais. Ele oferece um suporte especializado em momentos delicados da vida, como o término de um relacionamento, disputas pela guarda dos filhos ou questões relacionadas ao patrimônio familiar. Esse profissional é capaz de proteger os interesses dos seus clientes, assegurando que as questões legais sejam resolvidas da maneira mais justa e rápida possível, sempre à luz da legislação vigente.

Se você está enfrentando uma situação relacionada ao direito de família, seja um divórcio, guarda dos filhos ou inventário, procure a ajuda de um advogado familiarista. Ele será seu maior aliado na proteção dos seus direitos e na busca por uma solução equilibrada e justa para todos os envolvidos.

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Participação Final nos Aquestos https://nakamura.adv.br/participacao-final-nos-aquestos/ Tue, 08 Oct 2024 23:09:45 +0000 https://nakamura.adv.br/?p=2864 Participação Final nos Aquestos: Entenda Esse Regime de Bens

A escolha de um regime de bens é uma das decisões mais importantes que um casal deve tomar ao formalizar uma união, seja pelo casamento ou união estável. Entre os regimes disponíveis no Brasil, um dos menos compreendidos, mas bastante relevante, é o regime de participação final nos aquestos. Este regime proporciona uma combinação única entre características de separação e comunhão de bens, o que o torna uma opção interessante para casais que desejam flexibilidade patrimonial durante a união, mas que também desejam garantir uma divisão justa dos bens em caso de divórcio ou falecimento.

Neste artigo, vamos explicar o que é o regime de participação final nos aquestos, como ele funciona, as suas particularidades, e as legislações aplicáveis para que você possa entender se essa opção é a melhor para o seu caso.

O que é o Regime de Participação Final nos Aquestos?

O regime de participação final nos aquestos combina elementos do regime de separação de bens durante o casamento e da comunhão de bens no momento de sua dissolução, seja por divórcio ou falecimento. Durante a vigência do casamento ou união estável, cada cônjuge administra livremente os bens que adquiriu individualmente, como se estivesse em um regime de separação total de bens. Porém, no caso de dissolução da união, há uma participação mútua na divisão dos bens adquiridos a título oneroso (os aquestos) durante o casamento.

Isso significa que, ao final da união, cada cônjuge tem direito a metade dos bens adquiridos pelo outro, independentemente de quem tenha sido o responsável por sua compra ou quem tenha contribuído mais financeiramente.

Exemplo prático:

  • Durante o casamento, o cônjuge A adquiriu um imóvel e o cônjuge B adquiriu um carro. Ambos os bens foram adquiridos a título oneroso (com esforço financeiro de cada um).
  • No divórcio, cada cônjuge tem direito à metade do valor do imóvel e do carro, independentemente de quem pagou pelos bens.

Características do Regime de Participação Final nos Aquestos

  1. Administração Separada dos Bens Durante a União
    • Durante o casamento, os cônjuges mantêm a administração exclusiva sobre os bens que adquirirem individualmente. Cada um pode comprar, vender ou dispor de seus bens sem a necessidade de autorização do outro cônjuge.
  2. Comunhão Parcial ao Final da União
    • No momento da dissolução da união, os bens adquiridos onerosamente por ambos os cônjuges são divididos igualmente entre eles. Isso se aplica aos bens adquiridos com recursos próprios, excluindo aqueles recebidos por doação, herança ou sub-rogação.
  3. Proteção Patrimonial
    • O regime oferece uma proteção mútua entre os cônjuges. Durante o casamento, ambos possuem autonomia para gerenciar seu patrimônio individual. Porém, na dissolução da união, o esforço comum para a aquisição de bens durante o casamento é reconhecido e repartido.

Diferenças entre Participação Final nos Aquestos e Outros Regimes

O regime de participação final nos aquestos é, muitas vezes, comparado com outros regimes de bens, como comunhão parcial e separação total de bens. A seguir, veremos como ele se distingue dos demais:

  1. Comunhão Parcial de Bens:
    • Na comunhão parcial, todos os bens adquiridos a título oneroso durante o casamento são automaticamente partilhados, sem distinção de quem os adquiriu. Já na participação final nos aquestos, a partilha só ocorre ao final do casamento ou união, e cada cônjuge tem total autonomia sobre seus bens enquanto a união durar.
  2. Separação Total de Bens:
    • Na separação total, os bens permanecem de propriedade exclusiva de quem os adquiriu, tanto durante o casamento quanto após a sua dissolução. No regime de participação final nos aquestos, apesar da autonomia sobre os bens durante o casamento, ao final da união, a divisão dos bens adquiridos onerosamente é feita de maneira equitativa entre os cônjuges.

Bens Excluídos da Partilha

Nem todos os bens adquiridos durante o casamento são passíveis de partilha no regime de participação final nos aquestos. Assim como no regime de comunhão parcial de bens, alguns bens são excluídos da divisão, como:

  • Bens adquiridos antes do casamento;
  • Bens recebidos por doação ou herança;
  • Bens adquiridos por sub-rogação, ou seja, aqueles adquiridos com o valor de bens adquiridos antes do casamento ou por herança/doação;
  • Bens de uso pessoal e estritamente privados, como objetos de trabalho, instrumentos de profissão e demais itens de caráter pessoal.

Participação Final nos Aquestos e União Estável

Assim como no casamento, a união estável também permite a escolha do regime de bens, incluindo a participação final nos aquestos. Quando não há pacto prévio definindo o regime de bens na união estável, aplica-se o regime de comunhão parcial de bens. Contudo, os companheiros podem, através de um contrato de convivência ou escritura pública, estabelecer que o regime aplicável à sua união será o de participação final nos aquestos.

Legislação Aplicável

O regime de participação final nos aquestos está regulamentado pelo Código Civil Brasileiro, mais especificamente nos artigos 1.672 a 1.686. Abaixo, destacamos alguns dos principais artigos que tratam sobre o tema:

  • Art. 1.672: Estabelece que no regime de participação final nos aquestos, cada cônjuge possui o direito de administrar seus bens durante a vigência da união, sendo que apenas na dissolução da união haverá a partilha dos aquestos.
  • Art. 1.673: Define que, ao final da união, cada cônjuge terá direito à metade dos bens adquiridos a título oneroso durante o casamento ou união estável, salvo estipulação contrária em pacto antenupcial.
  • Art. 1.674: Exclui da partilha bens adquiridos antes do casamento, bens recebidos por doação ou herança, bem como bens adquiridos por sub-rogação.
  • Art. 1.682: Estabelece que a administração dos bens pode ser feita individualmente, sem a necessidade de autorização do outro cônjuge.

Procedimentos para Adoção do Regime de Participação Final nos Aquestos

  1. Pacto Antenupcial
    • Para que o regime de participação final nos aquestos seja adotado no casamento, é necessário a realização de um pacto antenupcial. Esse pacto deve ser formalizado por meio de escritura pública em cartório antes do casamento. Sem o pacto, o regime adotado será o de comunhão parcial de bens.
  2. Contrato de Convivência
    • Para a união estável, o regime pode ser definido através de um contrato de convivência. Neste documento, os companheiros estabelecem que o regime aplicável à união será o de participação final nos aquestos. O contrato de convivência também deve ser registrado em cartório para ter validade jurídica.

Vantagens e Desvantagens do Regime de Participação Final nos Aquestos

Vantagens:

  • Autonomia Patrimonial: Durante a união, os cônjuges mantêm total controle sobre os bens que adquiriram, como no regime de separação total.
  • Justiça na Partilha: Ao final da união, os bens adquiridos de forma onerosa são divididos igualmente, levando em consideração o esforço comum do casal.
  • Proteção Patrimonial: Bens recebidos por herança ou doação não são incluídos na partilha, oferecendo proteção a esses bens pessoais.

Desvantagens:

  • Complexidade na Dissolução: A necessidade de apurar os aquestos pode tornar o processo de divórcio ou dissolução mais complexo, especialmente se houver discordâncias sobre o valor dos bens.
  • Divisão Onerosa: Ainda que cada cônjuge tenha adquirido os bens individualmente, a partilha será obrigatória, o que pode ser uma desvantagem para aqueles que preferem uma separação total de bens.

Considerações Finais

O regime de participação final nos aquestos é uma opção interessante para casais que desejam manter autonomia patrimonial durante a união, mas que também buscam uma divisão justa dos bens adquiridos de forma onerosa ao término do casamento ou união estável. Por combinar elementos de separação e comunhão de bens, ele oferece flexibilidade e proteção patrimonial aos cônjuges.

Se você está considerando a adoção desse regime de bens, é essencial contar com o auxílio de um advogado especializado em direito de família. A orientação jurídica adequada garantirá que todos os aspectos legais sejam considerados, desde a elaboração do pacto antenupcial ou contrato de convivência até a execução da partilha em caso de dissolução da união.

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Separação Total de Bens https://nakamura.adv.br/separacao-total-de-bens/ Tue, 08 Oct 2024 22:40:45 +0000 https://nakamura.adv.br/?p=2861 Separação Total de Bens: O Que é e Como Funciona

A separação total de bens é um regime patrimonial escolhido por muitos casais, especialmente aqueles que buscam manter independência financeira durante o casamento ou para proteger o patrimônio preexistente. Esse regime possui características específicas e está regulamentado pela legislação brasileira, sendo necessário compreender suas implicações antes de optar por ele. Neste artigo, abordaremos o conceito de separação total de bens, como ela funciona, as suas vantagens e desvantagens, além de analisar as situações em que ela pode ser obrigatória.

O Que é a Separação Total de Bens?

A separação total de bens é um regime de casamento em que o patrimônio de cada cônjuge é mantido completamente separado. Isso significa que, ao longo do casamento, cada um continua sendo o único proprietário dos bens que adquiriu, seja antes ou durante o matrimônio. Além disso, em caso de divórcio ou falecimento, os bens de cada cônjuge não são partilhados entre eles, a não ser que haja um acordo ou disposição em testamento.

Esse regime patrimonial é regulado pelo Código Civil Brasileiro, sendo escolhido, na maioria dos casos, por meio de um pacto antenupcial, que é lavrado em cartório antes do casamento civil. O pacto é um instrumento jurídico que estabelece as regras específicas sobre a divisão de bens durante o casamento.

Quando a Separação Total de Bens é Aplicável?

A separação total de bens pode ser escolhida livremente pelo casal, desde que ambos estejam de acordo com esse regime. Entretanto, há situações em que esse regime é obrigatório, conforme determinado pelo artigo 1.641 do Código Civil. São exemplos:

  1. Casamento de pessoas com mais de 70 anos – A legislação prevê que pessoas que se casam após essa idade devem obrigatoriamente adotar o regime de separação total de bens, visando proteger o patrimônio.
  2. Casamento de menores de idade sem autorização judicial – Quando um menor de 18 anos se casa sem a devida autorização de seus responsáveis legais, o regime obrigatório será o de separação total de bens.
  3. Casamento de pessoas que dependem de suprimento judicial para casar – Essa obrigatoriedade pode surgir quando um dos cônjuges não tem plena capacidade civil ou quando o casamento depende de autorização judicial.

Como Funciona a Separação Total de Bens?

Ao escolher o regime de separação total de bens, o casal decide que todos os bens adquiridos antes ou durante o casamento permanecerão de propriedade individual de quem os comprou. Esse regime também afeta a responsabilidade sobre dívidas: cada cônjuge é responsável apenas pelas obrigações que contrair.

1. Patrimônio Pré Casamento

Os bens que cada cônjuge possui antes do casamento continuam sendo de sua exclusiva propriedade. Se, por exemplo, um dos cônjuges possui um imóvel ou um negócio, esse patrimônio não se comunica com o outro cônjuge em caso de divórcio ou falecimento.

2. Bens Adquiridos Durante o Casamento

No regime de separação total de bens, os bens adquiridos durante o casamento também não são partilhados. Isso inclui imóveis, veículos, contas bancárias, investimentos e outros ativos. O cônjuge que comprou ou investiu nesses bens será o único proprietário, independentemente da participação financeira do outro.

3. Dívidas e Obrigações

As dívidas contraídas por um dos cônjuges, seja antes ou durante o casamento, também não são de responsabilidade do outro. Isso significa que, no caso de dívidas trabalhistas, fiscais ou bancárias, o cônjuge que não participou da dívida não poderá ter seus bens penhorados.

4. Acordos Particulares

Embora a regra geral no regime de separação total de bens seja a manutenção do patrimônio separado, nada impede que o casal faça acordos específicos sobre a administração ou partilha de certos bens. Esses acordos podem ser incluídos no pacto antenupcial ou feitos posteriormente, desde que respeitem os limites legais.

Como Optar Pela Separação Total de Bens?

Para adotar o regime de separação total de bens, é necessário firmar um pacto antenupcial antes do casamento. O pacto deve ser lavrado por escritura pública em cartório e, posteriormente, registrado no Cartório de Registro Civil junto com a certidão de casamento.

Passo a Passo para Formalizar a Separação Total de Bens

  1. Consulta com um Advogado Especializado – Antes de fazer o pacto antenupcial, é altamente recomendável consultar um advogado especializado em direito de família para discutir as implicações legais e patrimoniais do regime de separação total de bens.
  2. Elaboração do Pacto Antenupcial – O pacto deve ser elaborado com a ajuda do advogado e incluir todas as cláusulas que regulam a separação de bens durante o casamento. Caso o casal deseje prever regras específicas sobre dívidas, investimentos ou outros aspectos patrimoniais, essas cláusulas também devem constar no pacto.
  3. Lavratura da Escritura em Cartório – Após a elaboração do pacto, o casal deve ir a um cartório de notas para lavrar a escritura pública. Nesse momento, o cartório emitirá o documento oficial, que terá validade jurídica.
  4. Registro no Cartório de Registro Civil – A escritura pública de pacto antenupcial deve ser registrada no Cartório de Registro Civil junto com a certidão de casamento. Sem esse registro, o pacto não terá validade legal.

Separação Total de Bens e o Divórcio

Em caso de divórcio, o regime de separação total de bens evita a partilha de bens adquiridos antes e durante o casamento. Cada cônjuge mantém o patrimônio que já possuía e o que adquiriu ao longo da união.

Entretanto, questões como a pensão alimentícia podem surgir, especialmente se um dos cônjuges tiver dependência financeira do outro. Nesse caso, mesmo no regime de separação total de bens, o cônjuge que se sentir prejudicado pode pedir pensão alimentícia, que será analisada conforme a necessidade e a possibilidade de quem deverá pagar.

Além disso, é importante notar que, mesmo em regimes de separação total de bens, o casal pode firmar acordos durante o casamento que modifiquem a administração de determinados bens, como o uso de um imóvel ou o controle de empresas, caso tenha interesse em compartilhá-los.

Separação Total de Bens e Herança

No caso de falecimento de um dos cônjuges, o regime de separação total de bens tem implicações importantes sobre a herança. Embora os bens de cada cônjuge não sejam partilhados em vida, em caso de falecimento, o cônjuge sobrevivente pode ter direito à herança, dependendo de outros herdeiros existentes.

De acordo com o artigo 1.829 do Código Civil, o cônjuge sobrevivente tem direito à herança na seguinte ordem de vocação hereditária:

  1. Em concorrência com descendentes (filhos), o cônjuge terá direito a uma parte da herança, a depender do regime de bens. No regime de separação total, o cônjuge concorre com os descendentes, ou seja, divide a herança com os filhos.
  2. Na ausência de descendentes, o cônjuge herda em concorrência com ascendentes (pais, avós, etc.).
  3. Na ausência de descendentes e ascendentes, o cônjuge herda a totalidade dos bens.

Isso significa que, embora os bens não sejam partilhados em vida, o cônjuge sobrevivente poderá ter direito a uma parte da herança do falecido.

Vantagens da Separação Total de Bens

  1. Autonomia Patrimonial – Cada cônjuge tem total controle sobre seu próprio patrimônio, podendo vendê-lo, doá-lo ou geri-lo sem a necessidade de autorização do outro.
  2. Proteção Patrimonial – Esse regime é especialmente útil para casais em que um dos cônjuges possui um patrimônio significativamente maior ou tem dívidas. A separação total protege o cônjuge menos endividado de problemas financeiros que o outro possa enfrentar.
  3. Independência Financeira – A separação total de bens permite que cada cônjuge mantenha suas finanças separadas, sem interferência direta do outro.

Desvantagens da Separação Total de Bens

  1. Falta de Comunhão – O regime de separação total de bens pode ser visto como contrário ao princípio de comunhão e partilha que rege muitos casamentos, já que não há divisão de bens adquiridos durante o matrimônio.
  2. Falta de Proteção Patrimonial para o Cônjuge de Menor Renda – Em alguns casos, o cônjuge que tem menor capacidade financeira pode ser prejudicado, já que não terá direito aos bens adquiridos pelo outro cônjuge ao longo do casamento.
  3. Discussões em Caso de Divórcio – Embora o regime de separação total de bens seja claro quanto à divisão do patrimônio, podem surgir discussões sobre a contribuição indireta de um dos cônjuges para o enriquecimento do outro, especialmente em casamentos longos.

Considerações Finais

A separação total de bens é uma opção vantajosa para muitos casais que desejam manter sua independência financeira e proteger seu patrimônio. No entanto, antes de optar por esse regime, é essencial entender todas as suas implicações, tanto durante o casamento quanto em caso de divórcio ou falecimento. Consultar um advogado especializado em direito de família é o melhor caminho para garantir que essa escolha esteja alinhada com as expectativas e necessidades do casal.

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Comunhão Universal de Bens https://nakamura.adv.br/comunhao-universal-de-bens/ Tue, 08 Oct 2024 21:41:25 +0000 https://nakamura.adv.br/?p=2858 Comunhão Universal de Bens: Entenda Como Funciona o Regime e Suas Implicações Legais

O regime de comunhão universal de bens é uma das opções mais conhecidas no Direito de Família brasileiro. Ele está previsto no Código Civil e se caracteriza pela unificação de todo o patrimônio dos cônjuges, tanto os bens adquiridos antes quanto durante o casamento. Essa modalidade de regime de bens tem implicações significativas para a partilha de bens em caso de divórcio, herança e outras situações que envolvem o patrimônio do casal.

Neste artigo, explicaremos detalhadamente o que é o regime de comunhão universal de bens, suas características, quando pode ser adotado, as vantagens e desvantagens, além de referências à legislação aplicável, mantendo o conteúdo atualizado.

O que é a Comunhão Universal de Bens?

A comunhão universal de bens é um regime matrimonial no qual todos os bens do casal, sejam eles adquiridos antes ou durante o casamento, tornam-se comuns e pertencem a ambos os cônjuges. Isso inclui não apenas os bens móveis e imóveis, mas também dívidas, rendimentos, direitos e obrigações.

A principal característica desse regime é a inexistência de distinção entre o patrimônio individual de cada cônjuge. Após o casamento, todos os bens, de ambas as partes, formam um único patrimônio comum, de propriedade dos dois.

Este regime é regulamentado pelo Código Civil, em seus artigos 1.667 a 1.671, e pode ser adotado mediante a elaboração de um pacto antenupcial, que é um contrato firmado entre os futuros cônjuges antes do casamento, no qual estipulam o regime de bens que desejam adotar.

Bens Incluídos na Comunhão Universal

De acordo com o artigo 1.668 do Código Civil, são incluídos na comunhão universal de bens:

  1. Bens adquiridos antes do casamento: Incluem-se todos os bens que os cônjuges possuíam individualmente antes da união matrimonial.
  2. Bens adquiridos durante o casamento: Todos os bens comprados ou recebidos pelos cônjuges durante o casamento entram automaticamente no patrimônio comum.
  3. Heranças e doações: No regime de comunhão universal, heranças e doações, independentemente de quem as tenha recebido, também são partilhadas igualmente entre os cônjuges.
  4. Bens móveis e imóveis: Tanto imóveis (casas, terrenos) quanto móveis (carros, móveis de casa, etc.) entram na comunhão.
  5. Rendimentos e frutos dos bens: Os rendimentos gerados pelos bens, como alugueis, também entram na comunhão.

Bens Excluídos da Comunhão

Embora a regra geral seja a de que todos os bens pertencem aos dois cônjuges, existem exceções previstas na legislação. O artigo 1.668 do Código Civil especifica os bens que não entram na comunhão:

  1. Bens incomunicáveis por força de lei: São aqueles que por determinação legal não podem ser partilhados, como doações ou heranças que contenham cláusula expressa de incomunicabilidade.
  2. Bens pessoais: São bens de uso pessoal, como roupas, acessórios, e outros itens que sejam de uso exclusivo de um dos cônjuges.
  3. Indenizações: Verbas de indenização por danos morais ou pessoais, como seguro de vida ou acidente, também são excluídas da comunhão.
  4. Bens adquiridos com produto exclusivo de herança incomunicável: Caso um dos cônjuges utilize recursos de uma herança que lhe foi destinada exclusivamente para adquirir um bem, esse bem não se comunica.

Como Adotar o Regime de Comunhão Universal de Bens

O regime de comunhão universal de bens só pode ser adotado se os cônjuges firmarem um pacto antenupcial, que deve ser registrado em cartório antes da celebração do casamento civil. Esse documento é um contrato no qual os noivos estipulam a adoção do regime de comunhão universal.

Caso o pacto antenupcial não seja celebrado, o regime de bens que será aplicado automaticamente será o da comunhão parcial de bens, conforme previsto no Código Civil.

Pacto Antenupcial

O pacto antenupcial é um contrato que deve ser lavrado por escritura pública em cartório. Nele, os noivos podem estabelecer o regime de comunhão universal de bens, assim como fazer outras disposições relativas aos bens futuros, desde que estejam de acordo com a legislação vigente.

Esse documento é fundamental para casais que desejam optar por regimes de bens diferentes do regime legal, que é o da comunhão parcial de bens. No caso da comunhão universal, o pacto é indispensável para que o regime seja aplicado.

Exceções à Necessidade de Pacto Antenupcial

Em alguns casos, a legislação impõe a separação obrigatória de bens, independentemente da vontade dos cônjuges, como no casamento de pessoas com mais de 70 anos ou daqueles que se casam com inobservância das causas suspensivas do casamento. Nesses casos, mesmo que desejem a comunhão universal, os cônjuges não podem adotá-la.

Divórcio e Partilha de Bens no Regime de Comunhão Universal

Quando o casamento chega ao fim, seja por meio de divórcio ou falecimento de um dos cônjuges, os bens do casal precisam ser partilhados. No regime de comunhão universal de bens, essa partilha ocorre de forma igualitária, salvo se houver acordo diferente entre as partes.

A partilha de bens no divórcio pode ser um processo complexo, especialmente quando o casal possui um grande patrimônio. A atuação de um advogado especializado é fundamental para garantir que a divisão seja feita de acordo com a lei e os interesses de cada cônjuge sejam preservados.

Divórcio Consensual

No caso de divórcio consensual, os cônjuges já chegam a um acordo sobre como dividir os bens. Esse tipo de divórcio pode ser realizado de maneira extrajudicial, desde que não haja filhos menores ou incapazes e que as partes estejam de acordo com todos os termos da partilha.

Divórcio Litigioso

Quando não há acordo sobre a divisão dos bens, o divórcio passa a ser litigioso, sendo necessário o envolvimento do Judiciário para definir como a partilha será feita. Nesse caso, o juiz analisará as provas apresentadas e decidirá a forma de divisão, de acordo com a legislação aplicável.

Herança no Regime de Comunhão Universal de Bens

No caso de falecimento de um dos cônjuges, o cônjuge sobrevivente tem direito à metade dos bens comuns (meação), além de participar da herança do falecido em igualdade de condições com os demais herdeiros.

O cônjuge sobrevivente não herda a parte que já lhe pertence, que é a metade dos bens comuns. Ele será herdeiro apenas em relação à parte do patrimônio que pertencia exclusivamente ao cônjuge falecido, como bens adquiridos por este antes do casamento ou recebidos por herança.

Essa regra está disposta no artigo 1.829 do Código Civil, que estabelece a ordem de sucessão hereditária e os direitos do cônjuge sobrevivente no regime de comunhão universal de bens.

Vantagens e Desvantagens da Comunhão Universal de Bens

Vantagens

  1. Unificação do Patrimônio: Todos os bens, independentemente da origem, pertencem igualmente ao casal, o que pode trazer segurança patrimonial para ambos.
  2. Simplicidade: O regime evita distinções patrimoniais complexas, uma vez que tudo é partilhado de forma igualitária entre os cônjuges.
  3. Proteção em Caso de Falecimento: O cônjuge sobrevivente tem direito à metade do patrimônio do casal (meação), além de participar da herança, o que pode garantir maior segurança financeira para ele.

Desvantagens

  1. Partilha de Dívidas: Assim como os bens, as dívidas também são partilhadas entre os cônjuges. Isso pode ser uma desvantagem, especialmente se um dos cônjuges contrair dívidas sem o conhecimento do outro.
  2. Falta de Autonomia Patrimonial: Cada cônjuge perde a autonomia sobre os bens adquiridos antes do casamento, pois eles passam a pertencer ao casal de forma igualitária.
  3. Complexidade na Partilha: Em caso de divórcio ou falecimento, a divisão do patrimônio pode se tornar complexa e gerar conflitos, especialmente se não houver um acordo prévio.

Quando Escolher a Comunhão Universal de Bens?

A escolha do regime de comunhão universal de bens deve ser feita com cautela, considerando o perfil do casal e seus objetivos financeiros e patrimoniais. Casais que desejam compartilhar todo o patrimônio, sem distinção entre bens adquiridos antes e durante o casamento, podem se beneficiar desse regime.

No entanto, é importante estar ciente das implicações legais e financeiras desse regime, especialmente no que diz respeito à partilha de dívidas e à falta de autonomia sobre os bens. A orientação de um advogado especializado é essencial para que a escolha do regime de bens seja feita de forma consciente e informada.

Considerações Finais

O regime de comunhão universal de bens oferece uma abordagem de compartilhamento total do patrimônio do casal, o que pode trazer vantagens em termos de segurança financeira, mas também apresenta desafios, como a partilha de dívidas e a complexidade na divisão dos bens em caso de separação ou falecimento.

Se você está considerando adotar a comunhão universal de bens, é essencial consultar um advogado especializado em direito de família para que ele possa orientar sobre as melhores opções para o seu caso.

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Advogado de Divórcio https://nakamura.adv.br/advogado-de-divorcio/ Tue, 08 Oct 2024 21:18:23 +0000 https://nakamura.adv.br/?p=2855 Advogado de Divórcio em SP: Orientação Completa para um recomeço em 2025
Advogado de Divórcio SP Osasco.

Para quem enfrenta um divórcio, o apoio de um advogado especialista qualificado pode fazer toda a diferença. Esse profissional transforma uma experiência difícil em um processo mais compreensível e seguro. O divórcio envolve decisões complexas sobre bens, filhos e finanças, além das questões emocionais. Contar com um advogado atuante permite esclarecer dúvidas e tomar decisões informadas. O foco está sempre no que é melhor para o futuro.

O advogado especialista em divórcio atua como um guia em cada etapa do processo. Desde o planejamento inicial até a resolução final, ele oferece estrutura e apoio. Com isso, você enfrenta o processo com mais confiança. Neste guia, você encontrará detalhes sobre como esse profissional atua em cada fase do divórcio.

Guia Completo do Advogado de Divórcio 2025

Por Que Contar com um Advogado de Divórcio?
Fases do processo
Definindo o Regime de Bens e a Divisão Patrimonial
Pensão Alimentícia: Cálculo e Revisão
Guarda e Pensão Alimentícia
Fase do Divórcio: Procedimentos e Alternativas
Questões Finais
Perguntas Frequentes (FAQ)
Considerações Finais: A Importância de um Advogado de Divórcio

Por Que Contar com um Advogado de Divórcio em SP?

Enfrentar um divórcio vai além de assinar documentos e dividir bens. Envolve decisões que impactam profundamente a vida pessoal e financeira. Contar com um advogado de divórcio significa mais que representação legal. Esse profissional atua como um guia, ajudando a traduzir suas necessidades em soluções seguras e práticas. Ele oferece uma análise cuidadosa, considerando as particularidades de cada situação para garantir que seus direitos sejam respeitados.

O advogado de divórcio está ao seu lado em cada fase do processo. Ele ajuda a entender cada passo com clareza e confiança. A estratégia jurídica é personalizada e ajustada conforme o caso, seja para proteger bens, resolver questões de guarda dos filhos ou definir pensão alimentícia. A orientação do advogado permite que você tome decisões com segurança. Assim, você sabe que alguém cuida dos detalhes, enquanto você se concentra no que realmente importa: construir um novo capítulo em sua vida.

Ter um advogado é mais que uma escolha estratégica. É a garantia de que cada detalhe será tratado com atenção. O processo ocorre de forma tranquila e sem surpresas. Suas prioridades estarão sempre em primeiro lugar.

Etapas do Processo de Divórcio. Infográfico

Fases do Processo de Divórcio

Cada processo envolve etapas que incluem o planejamento, a execução e o acompanhamento dos resultados após o término. A seguir, abordamos essas fases e como o advogado de divórcio pode ajudar em cada uma delas.

Fase Pré-Divórcio: Preparação e Estratégia

Antes de iniciar o processo, o advogado de divórcio reúne-se com o cliente para entender sua situação e objetivos. Nesse momento, ele orienta sobre direitos e deveres de cada parte, considerando o regime de bens e a existência de filhos.

Definindo o Regime de Bens e a Divisão Patrimonial

O regime de bens escolhido no casamento impacta diretamente a divisão dos bens no divórcio. Abaixo, explicamos os principais regimes de bens previstos no Código Civil (Lei nº 10.406/2002) e como cada um influencia o processo.

Comunhão Parcial de Bens

No regime de comunhão parcial, todos os bens adquiridos após o casamento são comuns ao casal. A exceção são os bens recebidos por herança ou doação, que permanecem exclusivos do cônjuge beneficiado. Esse regime é o mais comum no Brasil e é aplicado automaticamente quando o casal não opta por outro.

Durante o divórcio, o advogado identifica quais bens serão partilhados. Ele assegura uma divisão justa dos bens adquiridos no casamento. Esse regime é ideal para casais que desejam uma partilha equitativa dos bens conquistados juntos, enquanto preservam a propriedade individual dos bens anteriores ao casamento.

Exemplo Prático: Um casal casado em comunhão parcial possui um apartamento comprado após o casamento e um carro adquirido antes da união por um dos cônjuges. No divórcio, o advogado orienta para que o apartamento seja dividido igualmente, enquanto o carro permanece com o proprietário original.

Comunhão Universal de Bens

No regime de comunhão universal, todos os bens adquiridos antes e durante o casamento passam a integrar o patrimônio comum. Esse regime é escolhido por casais que desejam compartilhar integralmente seus bens. No entanto, exige a formalização de um pacto antenupcial.

Em caso de divórcio, todos os bens, incluindo imóveis e investimentos, são divididos de forma igual. O advogado de divórcio orienta sobre a divisão, que pode envolver a venda de bens para partilha em dinheiro ou divisão física dos ativos.

Exemplo Prático: Um casal que optou pela comunhão universal possui imóveis adquiridos antes e durante o casamento. No divórcio, todo o patrimônio é dividido igualmente. O advogado formaliza a partilha, garantindo o equilíbrio financeiro de ambos.

Separação Total de Bens

No regime de separação total de bens, cada cônjuge mantém exclusivamente os bens adquiridos em seu nome, seja antes ou durante o casamento. Em um divórcio, não há divisão de bens, pois cada um retém seus próprios ativos. Esse regime, escolhido por meio de pacto antenupcial, é ideal para quem deseja proteger bens familiares ou empresariais.

Exemplo Prático de Proteção Patrimonial: Em um casamento sob separação total, o advogado pode sugerir uma doação com reserva de usufruto para proteger o patrimônio do cliente. Isso permite que o bem seja transferido para um terceiro (como um filho), enquanto o proprietário original mantém o direito de uso.

Participação Final nos Aquestos

No regime de participação final nos aquestos, cada cônjuge mantém seus bens individuais ao longo do casamento, mas o acréscimo patrimonial obtido em conjunto é dividido no divórcio. Embora seja menos comum, essa modalidade permite que o casal compartilhe o aumento do patrimônio ao longo da união.

Exemplo Prático de Participação nos Aquestos: Um casal com bens e investimentos registrados individualmente acumula patrimônio durante o casamento. No divórcio, o advogado calcula o acréscimo patrimonial e o divide igualmente. Assim, cada um mantém os bens registrados em seu nome, mas compartilha o crescimento financeiro obtido durante a união.

Esses regimes de bens oferecem diferentes formas de partilha no divórcio. O advogado de divórcio é fundamental para orientar na escolha do regime mais adequado, considerando as necessidades e expectativas do casal.

Advogado para Divórcio em SP: Guarda e Pensão Alimentícia

O bem-estar dos filhos é prioridade em qualquer processo de dissolução do casamento. Questões de guarda e pensão alimentícia são fundamentais para assegurar que as necessidades das crianças sejam atendidas e que elas mantenham um vínculo saudável com ambos os pais. O advogado de divórcio tem papel essencial ao mediar essas discussões e auxiliar os pais na definição de acordos que respeitem os direitos e promovam o desenvolvimento saudável dos filhos.

Tipos de Guarda: Compartilhada e Unilateral

A guarda dos filhos pode ser de duas formas principais: compartilhada e unilateral. A escolha impacta diretamente o relacionamento dos filhos com cada um dos pais, e cada modalidade tem características específicas que devem ser avaliadas de acordo com o contexto familiar.

Guarda Compartilhada

A guarda compartilhada, incentivada pela Lei nº 13.058/2014, promove a participação ativa de ambos os pais na vida dos filhos. Com essa modalidade, as decisões sobre educação, saúde e outros aspectos importantes são tomadas em conjunto.

Exemplo Prático de Guarda Compartilhada: Um casal que opta pela guarda compartilhada, com o apoio de um advogado de divórcio, pode criar um plano de convivência. Nesse plano, os pais dividem finais de semana, férias e datas especiais, mantendo a proximidade da criança com ambos e reduzindo o impacto emocional do divórcio.

Guarda Unilateral

Na guarda unilateral, um dos pais fica responsável pelas decisões cotidianas e essenciais para o bem-estar da criança. O outro genitor tem direito de convivência e visitas, mas com participação limitada nas decisões.

Exemplo Prático de Guarda Unilateral: Imagine um caso em que um dos pais reside em outra cidade e tem uma rotina de trabalho intensa. Nesse cenário, o tribunal pode conceder a guarda unilateral ao pai que vive na mesma cidade da criança, enquanto o outro mantém seu direito de visitas.

Pensão Alimentícia: Cálculo e Revisão

A pensão alimentícia é um direito da criança e cobre despesas essenciais, como alimentação, saúde e educação. Seu valor é calculado com base na renda do responsável pelo pagamento e nas necessidades da criança.

Determinando o Valor da Pensão Alimentícia

O valor da pensão é geralmente uma porcentagem da renda líquida do pagador, entre 20 e 30%, conforme o princípio “necessidade-possibilidade.”. Porém, não existe um percentual definido em lei. O valor será definido por meio de acordo, desde que atenda as necessidades da criança, ou a critério do juiz em caso de não haver consenso.

Exemplo Prático de Cálculo: Um pai com renda mensal de R$ 6.000 pode destinar cerca de 25% desse valor, ou R$ 1.500, para a pensão. Com a ajuda do advogado, o acordo é formalizado, atendendo às necessidades da criança.

Revisão da Pensão Alimentícia

A pensão alimentícia pode ser revisada quando houver mudanças nas condições financeiras dos pais ou nas necessidades da criança, garantindo que o valor permaneça justo e adequado.

Exemplo Prático de Revisão de Pensão: Suponha que o pai que paga a pensão receba uma promoção no trabalho. A mãe pode solicitar uma revisão para que o valor reflita a nova situação financeira. Da mesma forma, o advogado auxilia o pagador em caso de necessidade de redução, como perda de emprego ou outra mudança relevante.

A Importância do Advogado de Divórcio na Guarda e Pensão Alimentícia

O advogado de divórcio é essencial em todas as etapas relacionadas à guarda e pensão alimentícia. Ele orienta sobre as melhores opções de guarda e define os valores e condições da pensão, garantindo que todos os direitos e necessidades das crianças sejam respeitados.

Fase do Divórcio: Procedimentos e Alternativas

Após definir o plano, o divórcio pode seguir a via judicial ou extrajudicial. A escolha depende de fatores como a existência de filhos menores e o nível de acordo entre as partes.

Divórcio Judicial e Extrajudicial com Advogado de Divórcio

Divórcio Judicial

O divórcio judicial é indicado para casos em que o casal possui filhos menores ou incapazes e ainda não definiu questões de guarda, visitação e pensão alimentícia. Nesses casos, é necessário um processo judicial para resolver essas questões antes do divórcio, e o Ministério Público participa desse processo para proteger os interesses dos menores. O divórcio judicial também é obrigatório quando não há consenso sobre a divisão de bens ou demais pontos do divórcio.

Divórcio Extrajudicial

Com a Resolução CNJ nº 35/2007, atualizada pela Resolução CNJ nº 571/2024, o divórcio extrajudicial pode ser realizado mesmo quando o casal tem filhos menores ou incapazes, desde que todas as questões de guarda, visitação e pensão alimentícia tenham sido previamente resolvidas judicialmente. Neste caso, uma vez que as questões dos filhos já foram homologadas, o casal pode formalizar o divórcio em cartório, de forma mais ágil e econômica. Ainda assim, a participação de um advogado de divórcio é obrigatória para assegurar que todos os termos do acordo estejam claros e justos.

Exemplo Prático de Divórcio Extrajudicial: Imagine um casal com um filho menor, que já definiu judicialmente a guarda e pensão alimentícia. Com o apoio de um advogado de divórcio, eles podem formalizar o divórcio diretamente no cartório, sem necessidade de nova intervenção judicial. O advogado auxilia na redação da escritura, abrangendo questões como a partilha de bens e a manutenção dos direitos individuais, tornando o processo mais rápido e eficiente.

Questões Finais

Após o divórcio, podem surgir questões adicionais. Essas questões incluem revisões de pensão e transferência de propriedades. O advogado de divórcio continua a apoiar o cliente, garantindo a manutenção de todos os direitos.

Revisão de Pensão e Atualizações de Guarda

Mudanças financeiras de um dos pais ou novas necessidades dos filhos podem exigir revisões de pensão. Ajustes na guarda também podem ser necessários. O advogado de divórcio orienta o cliente na documentação e formalização do pedido de revisão. Tudo é feito com respeito às disposições legais.

Exemplo Prático de Revisão de Pensão: Um pai que recebe um aumento salarial significativo pode ter a pensão ajustada. Com o auxílio do advogado, o valor é atualizado para cobrir melhor as necessidades dos filhos.

Transferência de Imóveis e Proteção Patrimonial

A divisão de bens pode exigir a transferência de imóveis. Esse processo deve ser feito de forma precisa para evitar conflitos futuros. Estratégias de proteção patrimonial também ajudam a preservar o patrimônio pessoal do cliente.

Exemplo Prático: Um advogado de divórcio pode sugerir a transferência de um imóvel para um dos cônjuges. Isso garante a segurança no processo e permite que as partes sigam seus caminhos com tranquilidade.

Perguntas Frequentes (FAQ) sobre Advogado de Divórcio

Para esclarecer dúvidas comuns, o advogado de divórcio responde a algumas das perguntas mais frequentes. Isso ajuda você a entender melhor o processo e suas implicações.

Qual o custo de um divórcio?

O valor de um divórcio varia conforme a modalidade (judicial ou extrajudicial), os honorários do advogado e os custos de cartório. Divórcios consensuais feitos em cartório tendem a ser mais econômicos. Já os judiciais, especialmente os litigiosos, podem envolver taxas adicionais e outras despesas judiciais. Saiba mais no artigo: quanto custa divorciar?

Quanto tempo demora um divórcio?

Divórcios extrajudiciais geralmente são concluídos em poucas semanas. Já os judiciais podem levar meses ou até anos, dependendo da complexidade e do nível de acordo entre as partes. Como o divórcio é um direito potestativo, ou seja, um direito unilateral que não exige consentimento do outro cônjuge, ele pode ser concedido antecipadamente em tutela de urgência ou por resolução parcial de mérito, mesmo que questões como guarda e partilha ainda estejam em andamento.

É possível mudar a guarda dos filhos após o divórcio?

Sim, a guarda pode ser revista sempre que houver mudanças no contexto familiar ou no interesse dos menores. O advogado de divórcio orienta sobre o processo, documentos necessários e chances de aprovação da revisão da guarda.

O que fazer se meu ex-cônjuge não pagar a pensão?

Se o pagamento da pensão não for cumprido, o advogado de divórcio pode iniciar a execução judicial da dívida. A falta de pagamento pode resultar em sanções, incluindo penhora de bens, bloqueio de contas e até prisão, dependendo do caso.

Qual a diferença entre um divórcio consensual e um litigioso?

No divórcio consensual, ambas as partes concordam sobre todos os aspectos, como divisão de bens, guarda dos filhos e pensão alimentícia. Esse processo é mais rápido e menos custoso. No divórcio litigioso, há desacordos entre as partes, e as decisões são tomadas pelo juiz. Esse tipo de processo é geralmente mais demorado e envolve mais despesas.

Preciso contratar um advogado para um divórcio extrajudicial / Divórcio no cartório precisa de advogado?

Sim, a presença de um advogado é obrigatória no divórcio extrajudicial para garantir que ambas as partes compreendam e aceitem os termos do acordo. O advogado assegura que todas as cláusulas sejam claras e justas, protegendo os direitos dos clientes.

O que acontece com os bens adquiridos antes do casamento?

No regime de comunhão parcial de bens, os bens adquiridos antes do casamento permanecem de propriedade individual e não entram na partilha. O advogado de divórcio ajuda a identificar quais bens são comuns e quais são individuais.

Posso manter o plano de saúde do ex-cônjuge após o divórcio?

Em alguns casos, é possível manter o plano de saúde, especialmente se o contrato permite essa possibilidade. O advogado de divórcio pode revisar o contrato e negociar a continuidade da cobertura, dependendo das condições da apólice.

A pensão alimentícia pode ser revisada?

Sim, a pensão alimentícia pode ser revisada, tanto para aumento quanto para redução, se houver uma mudança significativa na situação financeira do responsável pelo pagamento ou nas necessidades do beneficiário. O advogado de divórcio auxilia na formalização do pedido de revisão e orienta sobre as chances de sucesso.

Essas respostas fornecem uma visão inicial, mas cada caso de divórcio é único. Contar com um advogado de divórcio qualificado é essencial para garantir que suas dúvidas sejam respondidas e que o processo ocorra com segurança e tranquilidade.

Considerações Finais: A Importância de um Advogado de Divórcio em São Paulo SP

O divórcio marca o início de uma nova fase. Cada detalhe do processo é importante para garantir uma transição segura e equilibrada. O advogado de divórcio é mais do que um especialista em leis. Ele é um aliado comprometido com seu bem-estar, guiando você por um caminho que pode ser desafiador. Ao lado do cliente em cada etapa, ele oferece suporte e clareza. Com isso, cada decisão é tomada com segurança e confiança.

Desde os primeiros passos de preparação até a resolução de questões complexas, o advogado de divórcio atua para que seus direitos sejam respeitados. Ele garante que suas necessidades sejam atendidas. É o ponto de apoio que assegura que o processo ocorra de forma eficiente e tranquila. Assim, você pode se concentrar em reconstruir sua vida com paz de espírito.

Escolher um advogado de divórcio qualificado é escolher um futuro mais estável e organizado. Com conhecimento e compromisso, ele facilita cada passo, ajustando a estratégia às suas necessidades. Seja para proteger o patrimônio, cuidar do bem-estar dos filhos ou resolver pendências pós-divórcio, esse profissional estará ao seu lado. Ele garante que cada decisão seja um passo positivo rumo ao novo capítulo da sua vida.

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Advogado da Família https://nakamura.adv.br/advogado-da-familia/ Tue, 08 Oct 2024 20:47:12 +0000 https://nakamura.adv.br/?p=2852 Advogado da Família: Como Esse Profissional Pode Ajudar em Questões Familiares

O advogado da família é um parceiro importante em momentos delicados. Ele pode ajudar com várias questões, como divórcio, guarda de filhos, pensão alimentícia e inventário. Este artigo vai explicar de forma clara o que faz um advogado da família, quais são os benefícios de contar com esse apoio e como ele pode garantir segurança jurídica em cada situação.

Guia Essencial para Consultar um Advogado da Família

Como o Advogado da Família Ajuda em Casos de Divórcio e Partilha de Bens
Tipos de Regimes de Bens
Divórcio Consensual e Litigioso
Guarda de Filhos: Entenda as Diferenças e Benefícios de Cada Tipo
O Que É Guarda Compartilhada
O Que É Guarda Unilateral
Pensão Alimentícia: Como Funciona e Qual o Papel do Advogado da Família
Quando a Pensão Alimentícia Pode Ser Revisada?
Inventário e Herança
Conformidade com a Lei
Benefícios do Inventário Extrajudicial
Alienação Parental
Quando Procurar um Advogado da Família

Como o Advogado da Família Ajuda em Casos de Divórcio e Partilha de Bens

O divórcio é um processo delicado, especialmente quando envolve partilha de bens e guarda de filhos. Nesses momentos, o apoio de um advogado da família faz toda a diferença. Esse profissional orienta o casal sobre as melhores alternativas e esclarece dúvidas sobre a divisão de bens, com base no regime escolhido no casamento.

Tipos de Regimes de Bens: Qual é o Seu?

No Brasil, os regimes de bens definem como o patrimônio do casal será dividido em caso de divórcio. O advogado da família explica cada um desses regimes de maneira acessível, ajudando o casal a entender seus direitos e deveres.

Comunhão Parcial de Bens

Na comunhão parcial, apenas os bens adquiridos durante o casamento são divididos entre os cônjuges. Se um dos parceiros já tinha um bem antes de casar, ele não entra na divisão. O advogado da família orienta o casal sobre quais bens fazem parte do patrimônio comum, evitando mal-entendidos.

Veja mais aqui.

Comunhão Universal de Bens

Na comunhão universal, todos os bens, sejam adquiridos antes ou durante o casamento, são divididos igualmente entre os cônjuges. Esse regime pode gerar questões complexas, especialmente se um dos cônjuges herdou bens. Nesses casos, o advogado ajuda a esclarecer o que é direito de cada um.

Veja mais aqui.

Separação Total de Bens

Na separação total, cada um dos cônjuges mantém seus bens individuais, tanto os adquiridos antes quanto os adquiridos durante o casamento. Esse regime exige um contrato feito antes do casamento, conhecido como pacto antenupcial. O advogado auxilia na elaboração desse pacto, garantindo a segurança jurídica do casal.

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Participação Final nos Aquestos

A participação final nos aquestos é um regime que combina aspectos da comunhão parcial e da separação total. Durante o casamento, cada cônjuge mantém a propriedade exclusiva dos bens que adquiriu. Porém, em caso de divórcio, os bens adquiridos pelo esforço comum durante o casamento — conhecidos como aquestos — são divididos. Esse regime pode ser complexo, e o advogado da família desempenha um papel fundamental ao orientar o casal sobre quais bens são considerados aquestos e como será feita a divisão. Ele também ajuda a definir o valor da participação de cada cônjuge, garantindo uma partilha justa.

Veja mais aqui.

Como o Advogado Facilita a Partilha dos Bens

Durante o divórcio, o advogado da família verifica a lista de bens e orienta sobre como dividi-los. Ele auxilia na documentação e garante que cada bem seja distribuído conforme o regime escolhido.

Bens Adquiridos Durante o Casamento

Imagine que o casal comprou uma casa durante o casamento. No caso do regime de comunhão parcial de bens (o regime padrão no Brasil, se não houver escolha de outro), essa casa entrará na divisão em caso de separação, pois bens adquiridos após o casamento são compartilhados. Em regimes como comunhão universal, todos os bens, independentemente de quando foram adquiridos, também são divididos. No entanto, se o casal escolheu o regime de separação total de bens, a casa permanecerá apenas com quem a comprou. O advogado orienta sobre a divisão, venda ou transferência do bem, garantindo que tudo seja feito conforme a lei e de forma justa.

Bens Adquiridos Antes do Casamento

Imagine que um dos cônjuges possuía um carro antes do casamento. Esse bem é considerado pessoal e, dependendo do regime de bens, não entra na divisão. No regime de comunhão parcial de bens (o mais comum no Brasil), apenas os bens adquiridos após o casamento são partilhados. Assim, o carro ficaria com o cônjuge que o adquiriu antes do casamento. No regime de comunhão universal de bens, todos os bens, incluindo os adquiridos antes do casamento, são compartilhados. Isso ocorre a menos que haja pacto antenupcial para excluir certos bens.

Já no regime de separação total de bens, cada cônjuge mantém a posse exclusiva dos bens adquiridos antes e durante o casamento. No regime de participação final nos aquestos, os bens adquiridos antes do casamento permanecem como propriedade individual. No entanto, os bens adquiridos durante o casamento podem ser divididos em caso de separação. O advogado esclarece essas diferenças e ajuda a evitar disputas. Ele orienta os cônjuges conforme a legislação aplicável

Exemplos Práticos de Partilha de Bens

Para tornar mais claro, vejamos um exemplo prático. Se o casal tem uma casa comprada após o casamento e um deles possui um terreno adquirido antes, o advogado orienta sobre a partilha. Na comunhão parcial, apenas a casa será dividida; o terreno continuará com o dono original.

A Importância de um Acordo Justo e Transparente

O advogado da família garante que a partilha seja justa, minimizando conflitos. Ele revisa a documentação e esclarece dúvidas sobre cada item, ajudando o casal a chegar a um acordo equilibrado. Isso evita ressentimentos e futuros processos, trazendo mais tranquilidade para ambas as partes.

Divórcio Consensual e Litigioso: Qual a Diferença?

O divórcio consensual ocorre quando ambas as partes concordam com os termos da separação, facilitando o processo. Já o divórcio litigioso surge quando não há consenso, o que torna o processo mais longo e desgastante. O advogado da família trabalha para reduzir os conflitos e chegar a um acordo amigável sempre que possível.

Vantagens do Divórcio Consensual

O divórcio consensual é mais rápido e menos custoso. Com o apoio do advogado, o casal consegue resolver a separação em cartório, sem necessidade de audiências longas. Isso agiliza a divisão de bens e evita atritos.

Quando o Divórcio Litigioso é Necessário

Em alguns casos, o casal não chega a um consenso e o divórcio litigioso é inevitável. O advogado representa seu cliente, buscando defender seus interesses e garantir uma divisão justa. Ele apresenta provas e documentos necessários, visando assegurar os direitos de seu cliente em todas as fases do processo.

Guarda de Filhos: Entenda as Diferenças e Benefícios de Cada Tipo

Quando um casal com filhos decide se divorciar, uma questão importante surge: como ficará a guarda das crianças? O advogado da família é essencial para orientar as famílias sobre os tipos de guarda e os impactos de cada opção. Entre as opções mais comuns estão a guarda compartilhada e a guarda unilateral. Cada modelo traz benefícios específicos, mas ambos visam o bem-estar da criança.

O Que É Guarda Compartilhada e Como Funciona?

A guarda compartilhada é um modelo que busca garantir a presença dos dois pais na vida da criança. Nesse modelo, ambos os pais dividem a responsabilidade pela criação e bem-estar do filho. Isso inclui participar das decisões importantes, como a escolha da escola, atividades extracurriculares e decisões de saúde.

Benefícios da Guarda Compartilhada

A guarda compartilhada traz vários benefícios, especialmente para a criança. Ela permite uma convivência mais próxima com ambos os pais e cria um ambiente de apoio. Esse modelo reduz a sensação de perda, comum em divórcios, pois o filho sabe que continuará a contar com a presença e o apoio de ambos. O advogado da família orienta para que essa estrutura seja clara e funcional, prevenindo possíveis desentendimentos no futuro.

Exemplo de Guarda Compartilhada

Imagine que um casal se divorcie e opte pela guarda compartilhada. A criança mora com a mãe, mas passa finais de semana e dias alternados com o pai. Ambos participam das decisões sobre a saúde e educação da criança. Esse modelo facilita a rotina familiar e permite que a criança mantenha laços fortes com os dois.

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O Que É Guarda Unilateral e Quando É Indicada?

A guarda unilateral é um modelo onde apenas um dos pais assume a responsabilidade diária pela criança. O outro genitor, mesmo sem a guarda, tem direito de visita e participação em algumas decisões. Esse modelo é mais indicado quando um dos pais não tem condições de assumir uma responsabilidade equilibrada.

Benefícios da Guarda Unilateral

A guarda unilateral pode ser a melhor escolha quando um dos pais não tem condições de cuidar da criança regularmente. Isso pode ocorrer por vários motivos, como residência em outra cidade ou problemas pessoais. Com a guarda unilateral, a criança tem uma rotina estável com o pai ou a mãe que assume a responsabilidade principal, sem mudanças bruscas no seu cotidiano.

Exemplo de Guarda Unilateral

Um exemplo prático de guarda unilateral ocorre quando o pai mora em outra cidade, impossibilitando uma convivência diária. Nesse caso, a mãe fica com a guarda e assume as decisões do dia a dia. O pai, porém, mantém o direito de visita e participa de decisões maiores, como emergências médicas e questões de educação.

Saiba mais aqui.

Como o Advogado da Família Pode Ajudar na Escolha do Melhor Modelo?

Cada família tem uma dinâmica própria, e o advogado da família auxilia na escolha do modelo mais adequado para cada situação. Ele explica os benefícios e desafios de cada tipo de guarda e ajuda o casal a entender o que funcionará melhor. Isso garante que os direitos dos pais e o bem-estar da criança sejam priorizados.

Análise das Condições e das Necessidades da Criança

O advogado da família considera vários fatores para orientar na escolha do modelo de guarda. Ele analisa a rotina dos pais, a idade da criança e as necessidades emocionais dela. Com essas informações, ele ajuda a definir a estrutura mais adequada, seja compartilhada ou unilateral.

Estruturação de Acordos e Prevenção de Conflitos

Além de orientar na escolha do tipo de guarda, o advogado da família elabora acordos claros. Esses acordos definem o tempo que a criança passará com cada pai e como serão tomadas as decisões importantes. Esse cuidado previne conflitos e garante uma convivência saudável e equilibrada.

Pensão Alimentícia: Como Funciona e Qual o Papel do Advogado da Família

A pensão alimentícia é fundamental para garantir o bem-estar dos filhos após uma separação. Ela serve para cobrir as despesas da criança, como alimentação, saúde, educação e lazer. O advogado da família ajuda os pais a entenderem o que é justo e necessário em cada caso, definindo o valor da pensão com base na renda de quem paga e nas necessidades de quem recebe.

Quem Tem Direito a Pensão Alimentícia?

A pensão alimentícia é geralmente destinada aos filhos menores de idade. No entanto, filhos maiores de 18 anos que estejam estudando também podem ter direito. Em alguns casos, o advogado da família orienta sobre o direito à pensão para cônjuges ou ex-cônjuges que, após o casamento, ficaram financeiramente dependentes.

Exemplos de Direito à Pensão para Cônjuges

Por exemplo, uma mãe que deixou o trabalho para cuidar dos filhos pequenos pode pedir pensão do ex-marido após a separação. O advogado da família verifica as condições financeiras de ambas as partes para que a pensão seja proporcional às necessidades dela e à capacidade do ex-cônjuge de pagar.

Como é Calculado o Valor da Pensão Alimentícia?

O cálculo da pensão alimentícia leva em conta a renda de quem paga e as despesas de quem recebe. Geralmente, a pensão é fixada em um percentual sobre a renda líquida, variando conforme o caso. O advogado da família analisa todos os gastos da criança, incluindo educação, saúde e lazer, para garantir um valor justo.

Exemplo Prático de Cálculo de Pensão

Imagine um pai que ganha R$ 5.000 por mês. Com base nas despesas do filho, pode-se definir uma pensão de 30% da renda, o que corresponde a R$ 1.500. Esse valor cobre as necessidades básicas da criança, sem comprometer o orçamento do pai. O advogado ajuda a definir esse percentual, considerando o equilíbrio financeiro das partes.

Quando a Pensão Alimentícia Pode Ser Revisada?

A revisão da pensão pode ocorrer quando há mudança na situação financeira de uma das partes. Por exemplo, se o pai perder o emprego, ele pode solicitar uma revisão para reduzir o valor. Da mesma forma, se a criança passar a ter novas despesas, a mãe pode pedir um reajuste. O advogado da família orienta sobre como solicitar essa revisão e reunir a documentação necessária.

Exemplo de Situação de Revisão

Imagine que o pai teve uma redução de salário significativa. Ele pode procurar o advogado para pedir a revisão do valor, de forma a ajustar a pensão a sua nova realidade financeira. O advogado elabora o pedido com base nos comprovantes de renda e na análise das necessidades da criança.

O Papel do Advogado da Família na Definição e Revisão da Pensão

O advogado da família garante que o valor da pensão seja justo e proporcional para todos. Ele avalia a situação financeira dos envolvidos e considera o bem-estar da criança. Ao definir o valor ou solicitar uma revisão, ele evita futuros conflitos e facilita a convivência dos pais.

Como o Advogado Evita Conflitos Relacionados à Pensão

Com uma definição clara e justa, o advogado da família ajuda a evitar desentendimentos futuros. Ele orienta sobre os direitos e deveres de cada parte e estabelece um acordo seguro. Isso evita discussões e cria uma estrutura de apoio equilibrada para a criança.

Inventário e Herança: A Importância do Advogado da Família na Distribuição de Bens

O inventário é um processo essencial para garantir a distribuição dos bens de uma pessoa falecida. Por meio dele, o patrimônio é organizado e partilhado entre os herdeiros, seguindo as normas legais. Em 2024, com a entrada da Resolução 571/2024 do CNJ, novas regras foram estabelecidas, permitindo que o inventário possa ser feito de forma extrajudicial, até mesmo em casos com herdeiros menores, desde que sejam atendidas certas exigências. Contar com o apoio de um advogado da família nesse processo é fundamental para que tudo seja feito corretamente e de forma mais rápida.

O Papel do Advogado da Família no Inventário Extrajudicial

O inventário extrajudicial, realizado em cartório, é uma alternativa mais ágil e menos burocrática ao processo judicial. O advogado da família orienta sobre as documentações necessárias e guia cada etapa do processo. Seu papel é evitar erros e assegurar que todos os bens sejam incluídos e corretamente distribuídos entre os herdeiros.

Como o Advogado Facilita a Reunião da Documentação

A primeira etapa para iniciar o inventário é a reunião de todos os documentos exigidos. O advogado da família auxilia a família na obtenção das certidões necessárias, como a certidão de óbito, certidões negativas de débito e documentos que comprovem a posse dos bens. Sem esses documentos, o inventário pode ser atrasado. Com a ajuda do advogado, tudo é reunido de forma organizada, reduzindo o tempo do processo.

Regularização de Dívidas e Pendências Fiscais

Muitas vezes, o falecido deixa dívidas ou pendências fiscais. O advogado da família verifica todas essas questões antes de prosseguir com o inventário. Ele orienta os herdeiros sobre como lidar com essas obrigações e, se necessário, negocia a quitação das dívidas. Dessa forma, o patrimônio pode ser distribuído sem obstáculos, garantindo a segurança financeira de todos os herdeiros.

A Importância do Advogado na Valoração e Avaliação dos Bens

Antes de distribuir os bens, é preciso avaliar o valor de cada item que compõe o patrimônio, como imóveis, veículos e contas bancárias. O advogado colabora com a avaliação, garantindo que o valor justo seja atribuído aos bens.

Escolha de Profissionais para Avaliações Técnicas

Em casos de imóveis ou outros bens de valor, é necessário contar com profissionais especializados para realizar a avaliação. O advogado orienta a escolha desses profissionais e verifica o trabalho realizado. Isso garante que o valor atribuído seja adequado e que todos os herdeiros recebam partes justas na partilha.

Distribuição Equitativa do Patrimônio

Após a avaliação dos bens, o advogado da família orienta a divisão de forma justa entre os herdeiros. Ele garante que a partilha respeite os direitos de todos e que o inventário seja finalizado com o consenso da família. Isso evita possíveis disputas e conflitos no futuro.

Como o Advogado da Família Garante Conformidade com a Lei

O advogado da família assegura que o inventário extrajudicial siga todas as normas legais. Ele orienta sobre os direitos dos herdeiros, os limites das quotas e outros detalhes importantes.

Proteção dos Direitos dos Herdeiros Menores

Com as novas regras de 2024, o inventário extrajudicial é permitido mesmo com herdeiros menores, desde que certas condições sejam atendidas. O advogado da família assegura que esses requisitos legais sejam cumpridos, garantindo a proteção dos direitos dos menores. Ele orienta sobre a necessidade de um representante legal e supervisiona o processo para que nada fique fora da conformidade legal.

Resolução de Disputas e Conflitos Familiares

Conflitos podem surgir entre os herdeiros durante o inventário, especialmente em famílias grandes. O advogado da família atua para mediar essas questões e buscar um consenso. Ele auxilia os familiares a entenderem o processo e seus direitos, facilitando acordos e evitando processos judiciais demorados.

Benefícios do Inventário Extrajudicial com Apoio do Advogado da Família

Optar pelo inventário extrajudicial traz uma série de vantagens, e o advogado da família é essencial para garantir que o processo seja rápido e eficiente.

Menor Custo e Agilidade no Processo

O inventário em cartório costuma ser menos custoso e mais rápido que o judicial. Com o apoio do advogado, a família é orientada em cada etapa, economizando tempo e recursos. O advogado cuida para que todos os detalhes legais sejam atendidos, permitindo que o inventário se finalize de forma ágil.

Segurança Jurídica para Todos os Herdeiros

A presença do advogado da família garante que todos os herdeiros tenham segurança jurídica. Ele verifica cada documento e cada decisão, evitando problemas futuros. Com o advogado, a família tem a tranquilidade de que tudo foi feito corretamente, protegendo os interesses de todos.

Alienação Parental: Como o Advogado da Família Atua para Proteger os Filhos

A alienação parental ocorre quando um dos pais influencia a criança a se afastar do outro, o que pode gerar problemas emocionais para o filho. A Lei nº 12.318/2010 estabelece que a alienação parental é prejudicial ao menor e traz sanções para quem a pratica. O advogado da família é essencial nesses casos, orientando sobre as medidas necessárias para proteger o menor e garantir uma convivência saudável entre a criança e ambos os pais.

Exemplo de Alienação Parental

Imagine que um pai começa a falar mal da mãe para a criança, tentando criar uma imagem negativa dela. Esse comportamento é um exemplo de alienação parental e pode ser combatido com o auxílio de um advogado da família, que orienta a parte lesada sobre as ações legais para proteger a criança.

Vantagens de Contratar um Advogado da Família: Segurança e Tranquilidade

Contar com um advogado da família proporciona segurança jurídica e ajuda a resolver questões familiares de forma mais rápida e eficaz. Esse profissional conhece bem as leis e normas que regem o direito de família, oferecendo suporte completo em cada etapa do processo.

Benefícios da Assessoria Jurídica Especializada

  • Apoio em decisões complexas: Em momentos de decisão, como em um divórcio, o advogado ajuda a tomar escolhas mais seguras e informadas.
  • Evita conflitos futuros: O advogado estrutura os processos de forma clara e justa, reduzindo as chances de litígios posteriores.
  • Orientação em direitos e deveres: Ele assegura que o cliente compreenda seus direitos e as obrigações envolvidas, evitando problemas por desconhecimento das normas.

Quando Procurar um Advogado da Família?

O advogado da família é essencial para assegurar que todas as decisões e processos relacionados a questões familiares sejam conduzidos de forma segura e justa. Em momentos de transição ou conflitos, ele é um guia que facilita cada etapa, garantindo que você entenda e proteja seus direitos.

Em Separações e Divórcios

Mesmo quando o divórcio é amigável, o advogado da família organiza acordos de forma justa, orientando sobre a divisão de bens, guarda dos filhos e pensão alimentícia. Ele traz clareza e previne desentendimentos futuros.

Para Organização de Inventários e Herança

O inventário, seja feito em cartório ou pela via judicial, requer apoio para cumprir os requisitos legais e respeitar os direitos de todos os herdeiros. O advogado da família garante que o processo seja rápido e sem complicações.

Em Decisões sobre Guarda e Pensão Alimentícia

Questões de guarda e pensão alimentícia pedem um olhar profissional que assegure os interesses da criança. O advogado da família auxilia na definição e revisão dos acordos, com foco em criar um ambiente seguro e equilibrado para todos.

Para Planejamento Patrimonial e Proteção de Bens

Planejar a divisão do patrimônio evita conflitos futuros. O advogado orienta na criação de testamentos e acordos, protegendo o que você construiu e assegurando que seus desejos sejam respeitados.

O Que Você Ganha?

Ao contar com um advogado da família, você tem a tranquilidade de saber que suas decisões e acordos estão amparados pela lei. Ele traz segurança, facilita processos e preserva relacionamentos, para que você possa seguir em frente com confiança.

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Divórcio no Cartório Extrajudicial https://nakamura.adv.br/divorcio-no-cartorio-extrajudicial/ Tue, 08 Oct 2024 20:01:42 +0000 https://nakamura.adv.br/?p=2849 Divórcio no Cartório: Como Funciona e Quais São os Procedimentos

O divórcio no cartório é uma alternativa mais simples, rápida e menos burocrática ao processo judicial de divórcio, e está disponível para casais que preenchem certos requisitos. A possibilidade de realizar o divórcio de forma extrajudicial tem sido uma opção muito procurada, especialmente em casos onde o casal está em comum acordo sobre todos os aspectos da separação. Neste artigo, vamos abordar como funciona o divórcio no cartório, os requisitos necessários, os documentos exigidos e as referências à legislação aplicável, tornando o processo mais claro para quem está considerando essa opção.

O que é o Divórcio no Cartório?

O divórcio no cartório, também conhecido como divórcio extrajudicial, é o processo de dissolução do casamento realizado diretamente em cartório, sem a necessidade de intervenção do Poder Judiciário. Essa modalidade foi introduzida pela Lei nº 11.441/2007, com o objetivo de tornar o processo mais ágil e econômico.

O divórcio extrajudicial é uma excelente alternativa para casais que estão de acordo com a separação e com todos os seus termos, evitando o trâmite judicial, que pode ser mais demorado e desgastante.

Requisitos para o Divórcio no Cartório

Nem todos os casais podem optar pelo divórcio em cartório. Para que essa modalidade seja viável, é necessário preencher alguns requisitos. De acordo com a Lei nº 11.441/2007 e com as atualizações trazidas pela Resolução nº 35/2007 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os principais requisitos são:

  1. Acordo entre as partes: O divórcio em cartório só pode ser realizado se ambos os cônjuges estiverem de acordo com o fim do casamento e com os termos da separação, como partilha de bens e pensão alimentícia, quando houver.
  2. Ausência de filhos menores ou incapazes: Tradicionalmente, o divórcio extrajudicial só era permitido quando o casal não tinha filhos menores ou incapazes. No entanto, a Resolução nº 571/24 do CNJ trouxe uma novidade importante, permitindo o divórcio extrajudicial mesmo em casos onde há filhos menores, desde que as questões relacionadas à guarda, visitas e pensão alimentícia já tenham sido previamente resolvidas judicialmente.
  3. Presença de advogado: A presença de um advogado é obrigatória em qualquer modalidade de divórcio, seja judicial ou extrajudicial. No caso do divórcio em cartório, o advogado pode representar ambos os cônjuges ou cada cônjuge pode contar com seu próprio advogado. O papel do advogado é fundamental para garantir que todos os direitos das partes sejam respeitados e que o processo seja conduzido de forma correta.
  4. Inexistência de litígio: O divórcio no cartório só pode ocorrer se não houver qualquer litígio entre os cônjuges. Isso significa que todas as questões relativas à separação, como partilha de bens, pensão alimentícia e outros direitos, devem estar acordadas entre as partes. Caso haja discordâncias, o processo deve ser conduzido judicialmente.

Documentos Necessários para o Divórcio no Cartório

Para realizar o divórcio em cartório, é necessário apresentar alguns documentos que comprovam o estado civil dos cônjuges e sua condição legal para a dissolução do casamento. Os documentos geralmente exigidos incluem:

  • Certidão de casamento atualizada (emitida nos últimos 90 dias);
  • Documentos pessoais dos cônjuges (RG, CPF e comprovante de residência);
  • Escritura de pacto antenupcial, se houver (nos casos em que o casal escolheu um regime de bens diferente do regime legal de comunhão parcial);
  • Documentos dos bens a serem partilhados, como escritura de imóveis, documentos de veículos e outros documentos de posse de bens;
  • Comprovante de pagamento do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), se aplicável;
  • Certidões negativas de débitos fiscais relacionados aos bens a serem partilhados.

A depender do estado ou cartório, outros documentos podem ser exigidos, como certidões de quitação de tributos e taxas sobre imóveis.

Passo a Passo para o Divórcio no Cartório

O processo de divórcio no cartório é relativamente simples e pode ser concluído em poucos dias. A seguir, detalhamos o passo a passo de como ele ocorre:

  1. Contratação de Advogado: O primeiro passo é contratar um advogado especializado em divórcio e direito de família. Esse profissional será responsável por orientar o casal, redigir a escritura de divórcio e representá-los no cartório. O advogado também deve garantir que todas as questões legais sejam resolvidas de forma adequada.
  2. Reunião dos Documentos: O casal e o advogado devem reunir todos os documentos necessários para a realização do divórcio. A documentação deve ser entregue ao cartório responsável pela lavratura da escritura pública.
  3. Elaboração da Escritura de Divórcio: O advogado elaborará a minuta da escritura de divórcio, detalhando como será feita a partilha de bens, o pagamento de pensão alimentícia (se houver) e outras questões pertinentes. A minuta será levada ao cartório para análise e aprovação.
  4. Agendamento no Cartório: Após a análise e aprovação da minuta, o cartório agendará a data para a assinatura da escritura de divórcio. Nessa data, ambos os cônjuges devem comparecer ao cartório, acompanhados de seus advogados, para assinar a escritura.
  5. Assinatura e Registro: Na data agendada, os cônjuges e seus advogados comparecem ao cartório para a assinatura da escritura pública de divórcio. Uma vez assinada, a escritura será registrada, e o divórcio será oficialmente concluído. Se houver bens imóveis a serem partilhados, a escritura de divórcio deve ser levada ao cartório de registro de imóveis para a regularização das propriedades em nome dos novos proprietários.

Custos do Divórcio no Cartório

O divórcio em cartório envolve alguns custos, que podem variar de estado para estado. Entre os principais custos estão:

  • Honorários advocatícios: O valor cobrado pelo advogado dependerá da complexidade do caso e da quantidade de bens a serem partilhados. Em casos mais simples, o custo tende a ser menor.
  • Taxas cartorárias: O cartório cobra uma taxa pela lavratura da escritura pública de divórcio. O valor dessa taxa varia conforme o estado e o cartório, mas geralmente é proporcional ao valor dos bens envolvidos na partilha.
  • Impostos: Se houver transferência de bens imóveis ou outros ativos que gerem obrigação de pagamento de impostos. Eles devem ser pagos antes da lavratura da escritura.

Vantagens do Divórcio no Cartório

O divórcio em cartório oferece diversas vantagens em relação ao divórcio judicial, principalmente no que diz respeito à rapidez e à simplicidade do procedimento. Entre as principais vantagens estão:

  • Rapidez: O divórcio extrajudicial pode ser concluído em poucos dias, enquanto o divórcio judicial pode levar meses ou até anos para ser finalizado.
  • Menor Custo: Embora haja custos envolvidos no processo, o divórcio extrajudicial tende a ser mais econômico do que o judicial, pois não há custas processuais e a necessidade de longos trâmites judiciais.
  • Menos Burocracia: O processo em cartório é mais simples e direto, sem a necessidade de audiências ou intervenções de um juiz.
  • Redução do Estresse Emocional: Como o divórcio em cartório ocorre de forma consensual e sem litígios, ele costuma ser menos desgastante emocionalmente para as partes envolvidas.

Resolução 571/24 do CNJ: Mudança Importante para o Divórcio Extrajudicial

Uma mudança importante no cenário do divórcio extrajudicial foi introduzida pela Resolução nº 571/24 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Anteriormente, o divórcio em cartório só era possível quando o casal não tinha filhos menores ou incapazes. Com a nova resolução, tornou-se possível realizar o divórcio extrajudicial mesmo com filhos menores, desde que as questões relativas à guarda, visitação e pensão alimentícia tenham sido previamente resolvidas judicialmente.

Essa mudança traz mais flexibilidade para casais que, embora tenham filhos menores, desejam optar por um processo mais rápido e menos burocrático para dissolver o casamento.

Considerações Finais

O divórcio no cartório é uma solução eficiente e menos burocrática para casais que estão em comum acordo sobre os termos do divórcio. Com a ajuda de um advogado especializado, é possível realizar a dissolução do casamento de forma rápida e com custos menores em comparação ao divórcio judicial.

Contudo, é importante lembrar que, para garantir que o divórcio extrajudicial seja realizado de forma correta e sem prejuízos às partes envolvidas, é fundamental que todas as questões sejam discutidas e acordadas previamente.

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Divisão de Bens Divórcio https://nakamura.adv.br/divisao-de-bens-divorcio/ Tue, 08 Oct 2024 19:36:30 +0000 https://nakamura.adv.br/?p=2846 Divisão de Bens no Divórcio: Entenda Como Funciona

A divisão de bens no divórcio é um dos aspectos mais delicados e importantes para resolver quando um casal decide se separar. As regras para a partilha dependem diretamente do regime de bens escolhido no momento do casamento ou união estável, além de estar amparada pela legislação brasileira que busca garantir uma distribuição justa e equilibrada dos bens adquiridos durante a união.

Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que você precisa saber sobre a divisão de bens no divórcio, os tipos de regime de bens, como se dá a partilha em diferentes situações, além de abordar as questões legais aplicáveis. O conteúdo está atualizado com as últimas novidades legislativas, permitindo que você tenha uma visão clara e prática do que envolve esse processo.

Regime de Bens e sua Influência na Partilha

O regime de bens escolhido pelos cônjuges ou companheiros no momento do casamento ou da união estável define como será feita a divisão do patrimônio em caso de divórcio. No Brasil, a legislação permite diferentes regimes, cada um com suas particularidades sobre o que pertence a cada parte após o término do relacionamento. Os principais regimes de bens são:

1. Comunhão Parcial de Bens

Este é o regime padrão no Brasil, sendo aplicado quando o casal não escolhe outro regime de bens por meio de pacto antenupcial. Na comunhão parcial de bens, todos os bens adquiridos durante o casamento ou união estável são considerados comuns, independentemente de quem os comprou. Em caso de divórcio, esses bens são divididos igualmente entre as partes.

Bens adquiridos antes da união, assim como doações e heranças recebidas por um dos cônjuges durante o casamento, permanecem de propriedade individual de quem os adquiriu.

A legislação aplicável sobre a comunhão parcial de bens pode ser encontrada no Código Civil Brasileiro, principalmente nos artigos 1.658 a 1.666, que tratam das regras para esse regime.

2. Comunhão Universal de Bens

Na comunhão universal de bens, todos os bens, sejam adquiridos antes ou durante o casamento, são considerados comuns ao casal e, portanto, partilháveis em caso de divórcio. Ou seja, não importa se os bens foram comprados antes da união ou durante o casamento; eles serão divididos igualmente entre os cônjuges.

No entanto, bens recebidos por doação ou herança, com cláusula de incomunicabilidade, não se comunicam, ou seja, não entram na partilha.

Esse regime de bens só pode ser escolhido por meio de pacto antenupcial, conforme disposto nos artigos 1.667 e seguintes do Código Civil.

3. Separação Total de Bens

A separação total de bens estabelece que cada cônjuge ou companheiro permanece proprietário dos bens que adquiriu antes e durante o casamento ou união estável. Em caso de divórcio, não há partilha, e cada um fica com o que está em seu nome.

Esse regime pode ser escolhido por meio de pacto antenupcial ou, em alguns casos, é imposto pela lei, como no casamento de pessoas com mais de 70 anos ou de menores de 18 anos sem autorização dos pais, conforme art. 1.641 do Código Civil.

4. Participação Final nos Aquestos

No regime de participação final nos aquestos, cada cônjuge tem o direito de manter seus bens pessoais durante o casamento, mas, no caso de divórcio, os bens adquiridos durante o casamento, ou “aquestos”, são divididos igualmente. A peculiaridade desse regime é que ele combina características da separação total com a comunhão parcial, sendo mais complexo de aplicar.

A participação final nos aquestos está prevista nos artigos 1.672 a 1.686 do Código Civil.

Procedimento de Partilha de Bens no Divórcio

A divisão de bens no divórcio pode ocorrer de duas formas principais: divórcio consensual ou divórcio litigioso. Cada modalidade de divórcio traz implicações diferentes para o processo de partilha.

Divórcio Consensual

No divórcio consensual, ambas as partes estão de acordo com o divórcio e com a forma como os bens serão divididos. Isso pode ser feito tanto judicialmente quanto extrajudicialmente, dependendo da situação, e o procedimento é mais rápido e menos oneroso.

Se o casal não tiver filhos menores ou incapazes e estiver em comum acordo sobre a divisão dos bens, o divórcio pode ser feito diretamente em cartório por meio do divórcio extrajudicial. Nesse caso, o casal deve contar com a assistência de um advogado e levar a escritura de divórcio ao cartório para a realização da partilha.

Quando há filhos menores ou incapazes, o divórcio deve ser feito judicialmente, a menos que as questões relativas à guarda, visitação e pensão alimentícia já tenham sido resolvidas judicialmente. Isso é possível devido à Resolução nº 571 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que permitiu o divórcio extrajudicial em casos com filhos menores, desde que essas questões tenham sido previamente definidas na justiça.

Divórcio Litigioso

No divórcio litigioso, as partes não conseguem chegar a um acordo sobre a divisão dos bens ou outros aspectos do divórcio, como guarda de filhos ou pensão. Nesse caso, é necessária a intervenção do Judiciário, e o processo pode ser mais longo e custoso, pois será necessário apresentar provas e discutir as divergências perante um juiz.

No divórcio litigioso, o juiz decidirá como será feita a divisão dos bens de acordo com o regime de bens escolhido no casamento e com as regras previstas no Código Civil.

Bens Excluídos da Partilha

Embora a maioria dos bens adquiridos durante o casamento sejam passíveis de partilha, existem algumas exceções. De acordo com o Código Civil e as normas aplicáveis, os seguintes bens não entram na divisão de bens no divórcio:

  1. Bens adquiridos antes do casamento: No regime de comunhão parcial de bens, esses bens pertencem exclusivamente à pessoa que os possuía antes da união e não entram na partilha. No regime de comunhão universal, esses bens são partilhados entre os cônjuges, exceto em casos de herança ou doação com cláusula de incomunicabilidade. Já no regime de separação total de bens, cada cônjuge mantém a propriedade dos bens adquiridos antes e durante o casamento.
  2. Bens recebidos por herança ou doação: Bens herdados ou doados, com cláusula de incomunicabilidade, não fazem parte da partilha, mesmo que tenham sido adquiridos durante o casamento.
  3. Bens de uso pessoal: Objetos de uso pessoal, como roupas e pertences de valor sentimental, não são incluídos na partilha.
  4. Proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge: O salário e rendimentos de um cônjuge não são automaticamente incluídos na partilha, exceto se o regime de comunhão universal de bens estiver em vigor.

Acordos e Flexibilidade na Partilha de Bens

Embora a lei estabeleça regras claras para a partilha de bens, as partes têm a possibilidade de, em comum acordo, estabelecer suas próprias regras para a divisão do patrimônio, especialmente em um divórcio consensual.

Os cônjuges podem decidir, por exemplo, vender um imóvel em comum e dividir o valor da venda ou um deles pode preferir ficar com um bem de maior valor, compensando a outra parte de outra forma. Esses acordos podem ser feitos de forma extrajudicial e incluídos no processo de divórcio ou formalizados em cartório.

Impostos e Custos Envolvidos na Partilha de Bens

A divisão de bens no divórcio envolve custos que vão além dos honorários advocatícios. Dependendo da natureza dos bens, o casal pode ter que pagar impostos e taxas relacionadas à transferência de propriedade.

Os principais impostos aplicáveis são o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) e o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) , que podem incidir sobre a transferência de bens de uma pessoa para outra dependendo se onerosamente ou não. Além disso, há taxas cartorárias para o registro de imóveis, transferência de veículos e outros ativos que necessitem de formalização.

O Papel do Advogado na Partilha de Bens

O advogado especializado em direito de família desempenha um papel crucial na partilha de bens, garantindo que o processo seja feito de forma justa e legal, respeitando os direitos de ambas as partes. Ele será responsável por orientar seus clientes sobre as melhores estratégias, negociar acordos amigáveis (quando possível) e garantir que todos os bens sejam devidamente partilhados de acordo com a legislação.

Além disso, o advogado também cuidará da elaboração da petição de divórcio, seja consensual ou litigioso, e do acompanhamento de todo o processo no Judiciário ou em cartório, sempre buscando a melhor solução para seu cliente.

Considerações Finais

A divisão de bens no divórcio é um processo que pode gerar muitas dúvidas e incertezas, especialmente quando há discordâncias entre os cônjuges. Por isso, é fundamental entender o regime de bens que rege o casamento ou a união estável e buscar sempre um acordo justo para ambas as partes.

Com o auxílio de um advogado especializado em divórcios e partilha de bens, o processo pode ser realizado de forma mais rápida e com menos estresse. O profissional será responsável por garantir que todas as questões legais sejam resolvidas, evitando complicações futuras.

Se você está enfrentando um processo de divórcio e precisa de assistência na divisão de bens, procure um advogado de confiança para orientá-lo e garantir que seus direitos sejam respeitados ao longo do processo.

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Quanto Custa Averbação de Divórcio https://nakamura.adv.br/quanto-custa-averbacao-de-divorcio/ Tue, 08 Oct 2024 18:57:23 +0000 https://nakamura.adv.br/?p=2842 Quanto Custa Averbação de Divórcio? Entenda o Processo e Custos Envolvidos

A averbação de divórcio é uma etapa fundamental para formalizar a dissolução de um casamento e garantir que o divórcio seja devidamente registrado em cartório. Esse processo visa atualizar o estado civil dos ex-cônjuges na certidão de casamento e permitir a regularização de todos os aspectos legais decorrentes da separação, como a divisão de bens e a retomada de nomes de solteiro.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes o que é a averbação de divórcio, qual é o seu procedimento, os custos envolvidos e como o processo pode ser realizado, sempre fazendo referências à legislação aplicável e às atualizações mais recentes. Nosso objetivo é oferecer um conteúdo completo e atualizado que possa auxiliar aqueles que precisam realizar esse procedimento.

O Que É Averbação de Divórcio?

A averbação de divórcio é o ato de registrar a dissolução do casamento no cartório de registro civil onde a certidão de casamento foi emitida. Esse registro formaliza o divórcio e atualiza o estado civil das partes envolvidas. Após a averbação, os ex-cônjuges têm sua certidão de casamento modificada, com a inserção da informação de que ocorreu o divórcio.

A averbação é essencial porque, sem ela, o divórcio não é considerado efetivamente concluído no âmbito civil. Isso pode causar problemas para os ex-cônjuges, especialmente em situações que envolvem a divisão de bens, contratos, pensões e até a possibilidade de novos casamentos. Portanto, a averbação é indispensável para regularizar todos os aspectos legais decorrentes do divórcio.

Legislação Aplicável à Averbação de Divórcio

A averbação de divórcio é regulada por diversas legislações, sendo a principal delas o Código Civil Brasileiro e o Código de Processo Civil. A legislação estabelece que, após o trânsito em julgado da sentença de divórcio, ou após a lavratura do divórcio extrajudicial em cartório, o processo deve ser levado ao cartório de registro civil onde o casamento foi registrado para que a averbação seja feita.

A Lei nº 11.441/2007 introduziu a possibilidade de realização de divórcios extrajudiciais em cartório, simplificando o processo para aqueles que cumprem os requisitos. No entanto, mesmo nesses casos, a averbação deve ser feita para que o divórcio seja formalizado e os registros sejam atualizados.

Outro ponto importante é que, com a Resolução nº 571 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o divórcio extrajudicial passou a ser permitido mesmo em casos que envolvam filhos menores ou incapazes, desde que determinadas questões, como guarda e pensão, sejam previamente resolvidas judicialmente. Isso reforça a importância da averbação para garantir que o divórcio seja oficialmente registrado após a conclusão dessas etapas.

Quando a Averbação de Divórcio é Necessária?

A averbação de divórcio é necessária sempre que ocorre a dissolução de um casamento, seja por meio de um divórcio consensual ou litigioso, e seja ele judicial ou extrajudicial. Isso inclui:

  1. Divórcio Consensual Judicial: Quando as partes entram em acordo sobre a divisão de bens e outras questões, e o divórcio é realizado perante o juiz. Após a sentença judicial, o divórcio deve ser averbado no cartório de registro civil.
  2. Divórcio Litigioso Judicial: Quando há disputa entre os cônjuges sobre aspectos do divórcio, como a partilha de bens ou guarda de filhos. Após a decisão judicial definitiva, a averbação deve ser feita.
  3. Divórcio Extrajudicial: Quando o divórcio é realizado em cartório, sem a necessidade de processo judicial, o próprio tabelião encaminha os documentos para o cartório de registro civil onde o casamento foi registrado, e a averbação é feita de forma automática.

Sem a averbação, o divórcio não será oficialmente reconhecido nos registros civis, o que impede a regularização completa do estado civil dos ex-cônjuges.

Procedimento para Realizar a Averbação de Divórcio

O processo de averbação de divórcio varia conforme o tipo de divórcio (judicial ou extrajudicial), mas, em geral, as etapas são semelhantes:

1. Obtenção da Certidão de Divórcio ou Sentença

No caso de divórcio judicial, após o trânsito em julgado da sentença de divórcio, o advogado ou as partes devem solicitar uma certidão da sentença de divórcio, que servirá como base para a averbação no cartório de registro civil.

Se o divórcio for extrajudicial, o próprio cartório onde o divórcio foi realizado emitirá a certidão de divórcio.

2. Escolha do Cartório de Registro Civil

A averbação de divórcio deve ser feita no cartório de registro civil onde o casamento foi originalmente registrado. Portanto, o próximo passo é levar a certidão de divórcio a esse cartório para que a averbação seja realizada.

3. Apresentação dos Documentos

No cartório, será necessário apresentar os documentos que comprovam o divórcio, como a certidão de divórcio (no caso de divórcio extrajudicial) ou a certidão da sentença judicial de divórcio. Além disso, é recomendável levar documentos de identificação pessoal e, em alguns casos, a certidão de casamento original.

4. Pagamento das Taxas de Averbação

A averbação de divórcio envolve o pagamento de taxas cartorárias, que variam de acordo com o estado. O valor dessas taxas pode ser consultado diretamente no cartório de registro civil, e elas devem ser pagas antes que a averbação seja concluída.

5. Realização da Averbação

Após a apresentação dos documentos e o pagamento das taxas, o cartório realizará a averbação de divórcio na certidão de casamento. Essa atualização formaliza o divórcio e altera o estado civil das partes envolvidas, permitindo que o divórcio seja reconhecido oficialmente.

Quanto Custa a Averbação de Divórcio?

O custo da averbação de divórcio varia conforme o estado e o cartório onde o procedimento será realizado. Os valores são estabelecidos de acordo com as tabelas de emolumentos definidas pelos tribunais de justiça de cada estado. Em geral, os custos da averbação de divórcio incluem:

  1. Taxas de Registro no Cartório de Registro Civil: Essas taxas cobrem os serviços do cartório para realizar a averbação e atualizar a certidão de casamento. Os valores podem variar significativamente de estado para estado. Para se ter uma ideia, em 2024, no Estado de SP ela pode variar em torno de R$ 107,08 e R$ 110,84. Isso porque depende do município, visto que cada um pode cobrar um valor de ISS (Imposto sobre Serviços) até o limite de 5%. No município de São Paulo a alíquota é de 2%, e portanto a Averbação sai R$ 107,99, já em Osasco a alíquota é de 5% e a averbação sai R$ 110,84. Lembrando que esse valor é apenas para averbação, se for necessário a Certidão Atualizada vai ter mais o custo adicional da Certidão.
    É possível verificar a tabela de custas atualizada no site da ARPEN/SP clicando aqui.
  2. Honorários Advocatícios: Se o divórcio foi judicial e as partes contaram com a assistência de advogados, os honorários já terão sido incluídos no custo total do processo de divórcio. No caso de divórcios extrajudiciais, os advogados também podem cobrar honorários específicos para acompanhar o processo de averbação, dependendo da complexidade do caso.
  3. Custos Adicionais: Em alguns casos, pode haver custos adicionais relacionados à emissão de certidões atualizadas ou a outros serviços cartorários que sejam necessários para concluir o processo.

Como Saber o Valor Exato da Averbação?

Para saber o valor exato da averbação de divórcio, é necessário consultar o cartório de registro civil onde o casamento foi registrado. Cada estado e cada cartório podem ter valores diferentes para as taxas de averbação, de acordo com as tabelas de emolumentos estabelecidas pelos tribunais de justiça estaduais e o valor do ISS de cada município.

Além disso, é importante verificar se há necessidade de certidões adicionais ou outros serviços cartorários que possam aumentar o custo final da averbação.

Quais Documentos São Necessários para Averbar o Divórcio?

Os documentos necessários para a averbação de divórcio variam de acordo com o tipo de divórcio e o cartório responsável. No entanto, em geral, os seguintes documentos são exigidos:

  • Certidão de Casamento: A certidão de casamento original é necessária para que o cartório faça a atualização do estado civil.
  • Certidão de Divórcio ou Sentença Judicial: Em divórcios judiciais, é necessário apresentar a certidão da sentença de divórcio emitida pelo juiz. No caso de divórcios extrajudiciais, a certidão de divórcio emitida pelo cartório de notas deve ser apresentada.
  • Documentos de Identificação: Documentos pessoais, como RG e CPF, dos ex-cônjuges podem ser exigidos para confirmar a identidade das partes.

Prazo para Realização da Averbação de Divórcio

A legislação brasileira não define um prazo específico para a realização da averbação de divórcio. No entanto, é recomendável que a averbação seja feita o mais breve possível após o trânsito em julgado da sentença de divórcio ou após a lavratura do divórcio extrajudicial.

Realizar a averbação com rapidez garante que os ex-cônjuges possam exercer plenamente seus direitos, como formalizar novos relacionamentos, regularizar bens, e evitar problemas em questões patrimoniais futuras.

Possíveis Problemas em Caso de Não Averbação do Divórcio

Se o divórcio não for averbado no cartório de registro civil, os ex-cônjuges ainda serão considerados casados perante a lei, o que pode gerar diversos problemas. Sem a averbação, eles não poderão se casar novamente, terão dificuldades para realizar a partilha de bens, e poderão enfrentar complicações em questões relacionadas a pensão, guarda de filhos e outros aspectos legais.

Além disso, a ausência de averbação pode causar problemas em contratos, financiamentos e operações comerciais, uma vez que o estado civil desatualizado dos ex-cônjuges pode criar inconsistências jurídicas.

Conclusão

A averbação de divórcio é uma etapa essencial para que a dissolução do casamento seja formalizada no registro civil e reconhecida legalmente. Sem essa averbação, o divórcio não será completo e pode causar diversos problemas jurídicos para os ex-cônjuges.

Os custos envolvidos na averbação incluem as taxas cartorárias e, em alguns casos, honorários advocatícios, dependendo do tipo de divórcio realizado. Para garantir que o processo seja concluído de forma correta e rápida, é importante contar com a orientação de um advogado especializado em divórcios e direito de família, que poderá auxiliar em todas as etapas do processo.

Se você precisa realizar a averbação de um divórcio ou tem dúvidas sobre o procedimento, consulte o cartório de registro civil responsável e obtenha as informações necessárias para realizar o processo com segurança e tranquilidade.

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